Notícia
Rússia acusa G7 de tomar decisões contra Moscovo e Pequim
O grupo das sete economias mais desenvolvidas (G7) anunciou hoje que quer reduzir a "dependência excessiva" da China em setores críticos, mas sem por em causa o desenvolvimento económico chinês.
20 de Maio de 2023 às 15:00
O Governo russo acusou hoje os líderes do grupo dos sete países mais industrializados (G7), reunidos no Japão, de tomarem decisões com o duplo objetivo de conter a Rússia e a China.
"Vejam-se as decisões que estão a ser discutidas e adotadas hoje em Hiroxima na cimeira do G7 e que visam a dupla contenção da Rússia e da República Popular da China", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
A agência oficial TASS disse que a reação de Lavrov foi feita durante uma reunião do Conselho de Política Externa e de Defesa da Rússia.
Os líderes do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia (UE), estão reunidos na cidade japonesa de Hiroxima durante o fim de semana.
O G7 aprovou já o reforço de sanções contra interesses russos para diminuir a capacidade de Moscovo de financiar a guerra que desenvolve contra a Ucrânia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou hoje a Hiroxima para participar na cimeira e realizar encontros bilaterais com membros do G7 e outros países convidados.
Zelensky já se reuniu com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que nunca condenou a invasão russa da Ucrânia e mantém laços próximos com Moscovo.
Os líderes do G7 também criticaram o uso da "coerção económica" como arma política, numa alusão à China, e a política de Pequim em relação a Taiwan e no Mar do Sul da China.
Defenderam igualmente a necessidade de reduzir a "dependência excessiva" do gigante asiático em termos económicos.
Nas declarações divulgadas pela TASS, Lavrov disse que a via ocidental da política externa da Federação Russa "se esgotou completamente".
A Rússia entrou "numa fase de confronto agudo com um bloco agressivo composto pelos Estados Unidos, a União Europeia e a Aliança do Atlântico Norte [NATO]", afirmou.
Lavrov disse que a tarefa dos inimigos de Moscovo foi definida "em alto e bom som" e visa "derrotar a Rússia no campo de batalha", mas também "eliminá-la como concorrente geopolítico".
"De facto, qualquer outro país que reivindique algum tipo de lugar independente no alinhamento mundial também será suprimido como concorrente", afirmou, referindo-se à China.
Lavrov disse ainda, sem especificar, que peritos ocidentais já estão "a discutir abertamente" o desenvolvimento de cenários para o desmembramento da Federação Russa.
"Não se esconde que a existência da Rússia como um centro independente é incompatível com a realização do objetivo de dominação global do Ocidente", acrescentou, segundo a TASS.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.
(notícia atualizada com mais informação)
"Vejam-se as decisões que estão a ser discutidas e adotadas hoje em Hiroxima na cimeira do G7 e que visam a dupla contenção da Rússia e da República Popular da China", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Os líderes do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia (UE), estão reunidos na cidade japonesa de Hiroxima durante o fim de semana.
O G7 aprovou já o reforço de sanções contra interesses russos para diminuir a capacidade de Moscovo de financiar a guerra que desenvolve contra a Ucrânia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou hoje a Hiroxima para participar na cimeira e realizar encontros bilaterais com membros do G7 e outros países convidados.
Zelensky já se reuniu com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que nunca condenou a invasão russa da Ucrânia e mantém laços próximos com Moscovo.
Os líderes do G7 também criticaram o uso da "coerção económica" como arma política, numa alusão à China, e a política de Pequim em relação a Taiwan e no Mar do Sul da China.
Defenderam igualmente a necessidade de reduzir a "dependência excessiva" do gigante asiático em termos económicos.
Nas declarações divulgadas pela TASS, Lavrov disse que a via ocidental da política externa da Federação Russa "se esgotou completamente".
A Rússia entrou "numa fase de confronto agudo com um bloco agressivo composto pelos Estados Unidos, a União Europeia e a Aliança do Atlântico Norte [NATO]", afirmou.
Lavrov disse que a tarefa dos inimigos de Moscovo foi definida "em alto e bom som" e visa "derrotar a Rússia no campo de batalha", mas também "eliminá-la como concorrente geopolítico".
"De facto, qualquer outro país que reivindique algum tipo de lugar independente no alinhamento mundial também será suprimido como concorrente", afirmou, referindo-se à China.
Lavrov disse ainda, sem especificar, que peritos ocidentais já estão "a discutir abertamente" o desenvolvimento de cenários para o desmembramento da Federação Russa.
"Não se esconde que a existência da Rússia como um centro independente é incompatível com a realização do objetivo de dominação global do Ocidente", acrescentou, segundo a TASS.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.
(notícia atualizada com mais informação)