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Nova rede de urgência deixa população longe dos serviços
O relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a reorganização das urgências assume que, apesar das alterações propostas, dez por cento da população portuguesa fica a mais de 45 minutos de acesso a um serviço de urgência.
O relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a reorganização das urgências assume que, apesar das alterações propostas, dez por cento da população portuguesa fica a mais de 45 minutos de acesso a um serviço de urgência.
Disponível no site do Ministério da Saúde, "Portal da Saúde", o documento foi hoje apresentado pelo ministro da pasta à Associação Nacional de Municípios Portugueses e vai ficar em discussão pública durante o mês de Outubro.
A reorganização proposta por onze especialistas deverá começar a ser executada no início do próximo ano, de uma forma escalonada no tempo, e em "conjugação com outras acções complementares ligadas a acessibilidades e à requalificação de recursos humanos e materiais".
Embora a reorganização, que visa que um serviço de urgência fique, no máximo, a 30 minutos de distância da população servida (45 minutos no caso de uma urgência polivalente), os especialistas assumem que, devido a limitações demográficas e geográficas, um milhão de portugueses vai demorar mais a chegar a estas unidades .
"As metas são propostas para 90 por cento da população, não sendo possível consignar objectivos idênticos em todo o território", lê-se no documento. A proposta apresentada prevê a criação de um Rede com três tipos de serviços de urgência - Serviço de Urgência Básica (SUP), Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) e Serviço de Urgência Polivalente (SUP) -, num total de 83 serviços.
O aumento do número de pontos da Rede de Urgência em relação aos actuais 73 é conseguido porque os existentes são considerados apenas hospitalares e, apesar do encerramento previsto de 14 urgências hospitalares, são integrados na Rede os serviços de atendimento urgente reconvertidos de 24 centros de saúde.