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Nova SBE já amealhou 33 milhões para pagar campus junto à praia

Nos últimos cinco meses, a Nova de Lisboa recolheu mais oito milhões de euros junto de empresas e antigos alunos. Ferreira Machado crê que o projecto será "o ponta de lança de uma nova indústria exportadora" em Portugal.

04 de Março de 2015 às 18:39
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A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) já angariou 66% da verba necessária para se transferir de Campolide, em Lisboa, para o novo campus previsto para Cascais, junto à praia de Carcavelos e ao forte de S. Julião da Barra. As obras vão arrancar ainda em 2015 – a mudança de instalações só deverá acontecer dois anos depois –, mantendo-se o objectivo de ser a primeira escola pública construída de raiz com dinheiro privado.

 

O novo campus, que ocupará uma área total de 84 mil metros quadrados, cedida pela Câmara de Cascais, está orçamentado em 50 milhões de euros: 38 milhões para a construção e o restante para equipamentos e contratar professores. Na apresentação pública do projecto, em Setembro de 2014, o responsável pela campanha de angariação de fundos, Pedro Santa Clara, garantiu que já tinha recolhido metade do valor necessário (ou seja, 25 milhões de euros) junto dos parceiros fundadores: autarquia, banco Santander Totta, grupo Jerónimo Martins e o empresário Alexandre Soares dos Santos.

 

José Ferreira Machado, que cumpre esta sexta-feira, 6 de Março, o último dia de trabalho na direcção da Nova SBE, adiantou ao Negócios que, nos últimos cinco meses, foram amealhados mais oito milhões de euros, para um total de 33 milhões de euros, junto de empresas portuguesas e estrangeiras e dos 12 mil antigos alunos da antiga Faculdade de Economia da Nova.

 

São estes os alvos prioritários da campanha de angariação de fundos que decorre na Internet com o slogan "You and I can make it happen" (Tu e eu podemos fazer acontecer). A escola já adiantou que, caso não consiga recolher assim o bolo total, vai pedir um empréstimo ao Banco Europeu de Investimento.

 

"Construir o novo campus, enchê-lo e fazer dele um instrumento de afirmação internacional da escola e um íman poderoso para a atracção de talento" é o principal trabalho que deixa ao seu sucessor, que deverá ser o actual vice-director e presidente do conselho pedagógico, Daniel Traça.

 

"É um projecto de afirmação da educação do País e será o ponta de lança da construção de uma nova indústria exportadora de serviços ligada ao ensino superior. É a segunda maior na Austrália, por exemplo, e acredito que, em dez anos, pode ser também aqui uma exportadora [de valor] equivalente ao que é hoje o vinho, a cortiça ou o calçado", arriscou Ferreira Machado.

 

O complexo de Carcavelos, que acompanha o objectivo de colocar a Nova SBE no "top 10" dos rankings na Europa, terá capacidade para 3.350 pessoas e os edifícios não terão mais do que três pisos acima do solo. O júri do concurso de arquitectura elegeu, por unanimidade, a proposta apresentada por um consórcio composto por quatro empresas: Vítor Carvalho Araújo Arquitectos, António Barreiros Ferreira Tetractys Arquitectos, Global Arquitectura Paisagista e GRID Consultas, Estudos e Projectos de Engenharia.

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