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Nacionalização do BPN foi "a pensar nos depositantes e contribuintes portugueses"

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que está hoje no Parlamento a prestar esclarecimentos aos deputados sobre o caso BPN, afirmou que a decisão do Governo de nacionalizar o BNP foi "a pensar nos depositantes e contribuintes portugueses".

04 de Novembro de 2008 às 20:05
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O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que está hoje no Parlamento a prestar esclarecimentos aos deputados sobre o caso BPN, afirmou que a decisão do Governo de nacionalizar o BNP foi "a pensar nos depositantes e contribuintes portugueses".

“A solução teve de ser esta”, afirmou o ministro, no âmbito da Comissão de Orçamento e Finanças.

Teixeira dos Santos referiu que a proposta de nacionalização é apresentada porque “é imperioso que defendamos os interesses dos depositantes desta instituição face à iminência de ruptura de pagamentos”.

“Não era possível ao sistema financeiro envolver-se mais em operações de injecção de liquidez”, salientou o ministro, relembrando que o plano de recuperação proposto ao Governo pelo BPN “era lesivo dos interesses dos contribuintes”, perante a dificuldade de implementação desse plano e o agravamento das condições de funcionamento do banco.

O referido plano “exigiria um esforço financeiro desproporcionado”. “Consistia na injecção de capital na instituição, no valor de 600 milhões de euros, sem o Estado ter poderes de intervenção na gestão”, criticou.

“Pretendia-se que os contribuintes injectassem 600 milhões de euros e não tivessem voz. Poderíamos ver os 600 milhões devorados pela acumulação de perdas da instituição. A crise de liquidez do BPN não poderia ser resolvida assim”, sublinhou o ministro das Finanças, acrescentando ainda que as taxas das obrigações do Tesouro a 10 anos, mais um ponto percentual, era o retorno prometido pelo BPN, “o que era baixo”.

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