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Movimentos migratórios aumentam população residente em Portugal
A população residente em Portugal aumentou em 2006 para 10,599 milhões, mas a um ritmo mais moderado, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os movimentos migratórios foram responsáveis pelo incremento registado. A taxa de natalidade
A população residente em Portugal aumentou em 2006 para 10,599 milhões, mas a um ritmo mais moderado, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Os movimentos migratórios foram responsáveis pelo incremento registado. A taxa de natalidade foi a mais baixa dos últimos quinze anos e o índice de envelhecimento voltou a aumentar.
"O acréscimo populacional foi de 29.503 indivíduos relativamente a 2005, o que reflecte uma taxa de variação de 0,28%, valor inferior ao do ano anterior (0,38%), traduzindo um novo abrandamento no crescimento da população", afirma o INE em comunicado.
Para este acréscimo populacional "contribuiu um saldo natural de 3.403, que se traduz numa taxa de crescimento natural de 0,03% (0,02% em 2005), e, um saldo migratório de 26.100 indivíduos, representando uma taxa de crescimento migratório de 0,25% (0,36% em 2005)".
No ano passado, e de acordo com o INE, verificou-se a taxa de natalidade mais baixa dos últimos quinze anos, com o nascimento de 105.351 bebés, menos 3,7% face a 2005, "facto que, conjuntamente com o crescimento populacional, se reflecte num decréscimo da taxa de natalidade para 10‰ (10,4‰ em 2005)".
A taxa de mortalidade caiu. Em 2006 registaram-se 101.948 óbitos de indivíduos residentes em Portugal, "reflectindo-se num decréscimo da taxa de mortalidade para 9,6‰ (10,2‰ em 2005)", sendo que a mortalidade infantil caiu para o valor mais baixo registado em Portugal. "Em consequência também desta redução, a esperança de vida à nascença atingiu 78,5 anos, face aos 78,2 em 2005", destaca o INE.
"Em síntese, o comportamento demográfico no ano de 2006 é caracterizado por um crescimento moderado da população residente, pelo decréscimo da taxa de natalidade em simultâneo com o decréscimo da taxa de mortalidade, pela redução da taxa de mortalidade infantil, e ainda pelo aumento da longevidade".
Da conjugação daqueles factores resulta que, em 2006, o peso relativo da população jovem (0-14 anos) assume o valor de 15,5%, a importância relativa da população em idade activa (15-64 anos) é de 67,3%.
A proporção da população idosa (65 e mais anos de idade) representa 17,3% do total, e a população com 75 e mais anos de idade representa 7,7% da população total.
Segundo o INE, o índice de envelhecimento voltou a aumentar, passando de cerca de 110 idosos por cada 100 jovens em 2005 para 112 em 2006, traduzindo o envelhecimento populacional.