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Movimento entrega caderno de propostas para revitalizar o interior

Depois de cerca de meio ano de trabalho e de cinco conferências que se repartiram pelo território nacional, o Movimento pelo Interior culmina esta sexta-feira o processo com a entrega das propostas para revitalizar as regiões de baixa densidade.

Sérgio Lemos/Cofina
17 de Maio de 2018 às 21:52
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Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa recebem esta sexta-feira em mãos o conjunto de propostas com que o Movimento pelo Interior acredita ser possível inverter o ciclo de declínio das regiões de baixa densidade.

Lançado pelo presidente da câmara da Guarda, Álvaro Amaro, este movimento extingue-se no final da sessão solene que tem hoje lugar no Museu dos Coches, em Lisboa, e que conta com o Presidente da República e o primeiro-ministro. Caberá depois à "vontade política" de Governo e Parlamento implementar as medidas que se dividem em três áreas sectoriais e cujo trabalho foi coordenado pelo ex-ministro das Finanças, Miguel Cadilhe (política fiscal), pelo ex-governante socialista Jorge Coelho (ocupação do território) e pelo antigo secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Lourtie (educação).

O movimento considera que, uma vez postas no terreno, num período de três legislaturas (12 anos) será possível ver os resultados das políticas públicas propostas. O alto patrocínio conferido por Marcelo é visto como decisivo.

Entre as 24 medidas já avançadas pelo Negócios, merece principal destaque a atribuição aos funcionários públicos que aceitem ir para o interior condições para se reformarem mais cedo e progredirem mais rapidamente na carreira.

É ainda proposta a transferência de 25 serviços para o interior, com um mínimo de 100 funcionários e que estejam centralizados em Lisboa, ou o reforço do número de estudantes universitários nas instituições do interior, diminuindo as vagas nas maiores cidades.

Governo em relativa sintonia com propostas

A ideia de cortar o número de vagas em Lisboa e Porto em benefício das instituições universitárias do interior merece aprovação do Governo. Segundo noticiou esta semana o Público, as universidades e politécnicos de Lisboa e Porto vão ter de abdicar de 5% das respectivas  vagas no concurso nacional de acesso.

Contudo, o Executivo socialista discorda da proposta avançada por Cadilhe que torna exclusivos os benefícios fiscais apenas para as empresas que se fixem no interior. "Não podemos pôr os portugueses do litoral contra os do interior", disse o ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, em entrevista ao Negócios e à Antena1.

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