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Montenegro desafia oposição para em dois meses ter medidas de combate à corrupção

É uma das prioridades enunciadas pelo recém-empossado primeiro-ministro no discurso da cerimónia de tomada de posse do novo Governo. Montenegro quer a participação de todos, a começar pelos partidos da oposição.

02 de Abril de 2024 às 18:57
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Luís Montenegro quer, no prazo de dois meses, ter medidas e propostas concretas de combate à corrupção, elegendo esta como umas das prioridades no início da governação do novo Executivo.

"Gostaria de anunciar hoje que irei propor a todos os partidos com assento parlamentar a abertura de um diálogo com vista a fixar uma agenda ambiciosa, eficaz e consensual de combate à corrupção", começou por indicar o novo primeiro-ministro.

Luís Montenegro estabeleceu "no prazo de dois meses ter uma síntese de propostas, medidas e iniciativas que seja possível acordar e consensualizar, depois de devidamente testada a sua consistência, credibilidade e exequibilidade." O desafio está lançado aos partidos da oposição.

E o calendário para o futuro também já está delineado. "A partir daí partiremos para a aprovação das respetivas leis, seja por proposta do Governo, seja por iniciativa do Parlamento", anunciou Montenegro que mandatou a ministra da Justiça para fazer a ponte do lado do Governo, "tomando a iniciativa, logo a seguir à investidura parlamentar, de contactar os vários partidos e de iniciar este processo de diálogo."

Para tal, o novo primeiro-ministro espera a "abertura e disponibilidade de todos, em nome de uma vontade forte de busca de consensos
numa área crucial", lembrando que dentro de dias serão comemorados os cinquenta anos do 25 de Abril, e que "este esforço de consenso será uma boa forma de celebrar a democracia."

A justificação de um novo ministério

Na orgânica do Governo, surge um novo ministério, liderado por Margarida Balseiro Lopes, que assume a pasta da Juventude e Modernização. No discurso da tomada de posse, Montenegro fez questão de dar uma nota para justificar a decisão.

"Não me resigno, não nos conformamos com a situação que vivemos em Portugal", começou por enunciar. "Os nossos jovens qualificam-se como nunca, mas cerca de um terço vai para o estrangeiro em busca de uma oportunidade. Isto é um flagelo familiar, social e económico".

Para o chefe do Executivo, "não podemos mais assobiar para o ar e negligenciar esta realidade", apontando a necessidade de "atuar de forma conjugada e transversal para dizer aos nossos jovens que acreditem no seu país, que há espaço para serem felizes junto das suas famílias e dos seus amigos, que precisamos deles para termos um futuro próspero."

Para tal, Montenegro aposta em criar condições que vão "da fiscalidade, à educação, saúde, habitação, dos transportes ao ambiente, das leis laborais à habitação, da cultura ao desporto, todas as políticas públicas devem salvaguardar o objetivo de fixarmos em Portugal o nosso talento e a nossa capacidade de trabalho."

Mas o novo ministério também terá a função de combater a burocracia, considerado "um imperativo de eficácia do Estado na sua relação com os
cidadãos, mas também um elemento de competitividade económica e uma política de combate à corrupção."


(Notícia atualizada às 21:00 com mais informação)
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