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Moçambique: Daniel Chapo garante que Portugal é "parceiro estratégico" e futuro das relações é "risonho"

O candidato do partido no poder em Moçambique desde 1975 destaca o nível de relações fomentado pelos "laços de língua" e "laços históricos extraordinários".

José Coelho / Lusa
04 de Outubro de 2024 às 18:06
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O candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pelo Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), garantiu esta sexta-feira, em entrevista exclusiva à Lusa, que Portugal é "parceiro estratégico" e que pretende consolidar as relações, cujo futuro é "risonho".

"O futuro das relações entre os dois países é um futuro risonho, um futuro de uma relação extraordinária. Vamos continuar a consolidar cada vez mais as relações de cooperação e amizade entre Moçambique e Portugal", afirmou à Lusa.

Jurista de profissão, Daniel Chapo, 47 anos, foi aprovado em maio pelo Comité Central do partido como candidato apoiado pela Frelimo à sucessão de Filipe Nyusi. Era então, desde 2016, governador da província de Inhambane, depois das funções que desempenhou como administrador do distrito de Palma, em Cabo Delgado.

"Achamos que Portugal é um parceiro estratégico para desenvolvermos Moçambique e nós vamos continuar a trabalhar neste sentido", assegurou ainda.

O candidato do partido no poder em Moçambique desde 1975 destaca o nível de relações fomentado pelos "laços de língua" e "laços históricos extraordinários".

"E terceiro, porque mesmo depois do alcance da independência, com Portugal estamos a construir um presente comum e um futuro comum. A título de exemplo, só para citar, um dos maiores investidores ou investimentos estrangeiros, um dos maiores países que investe em Moçambique, seja investimento público ou privado, é Portugal", assumiu o candidato, o primeiro da Frelimo nascido já depois da independência, em 1975.

Num quadro de relações que assume serem "extremamente importantes" para o futuro, Daniel Chapo garante: "Vai ser o nosso objetivo, consolidar cada vez mais a relação da amizade, cooperação com Portugal e fazermos crescer os nossos dois países. Relações sociais, relações culturais, relações económicas e relações de amizade e cooperação nos próximos anos".

Moçambique realiza na próxima quarta-feira as sétimas eleições presidenciais - às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

A campanha eleitoral termina no domingo.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar na quarta-feira, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.

Concorrem à Presidência Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).


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