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Ministros das Finanças da UE rejeitam subir impostos às petrolíferas

Os ministros das Finanças da União Europeia rejeitaram a sugestão de aumentar os impostos das petrolíferas numa altura em que a opinião pública dá sinais de descontentamento com os elevados lucros destas empresas e com o facto da situação estar a reduzir

05 de Maio de 2006 às 16:49
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Os ministros das Finanças da União Europeia rejeitaram a sugestão de aumentar os impostos das petrolíferas numa altura em que a opinião pública dá sinais de descontentamento com os elevados lucros destas empresas e com o facto da situação estar a reduzir o poder de compra dos consumidores.

O preço do petróleo valorizou cerca de 38% no ano passado em Nova Iorque, tocando níveis históricos nos 75,35 dólares em Abril. Esta situação está a elevar os preços o gás e combustíveis dos consumidores na Europa e a retirar-lhes poder de compra.

Enquanto o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Junker, afirmou ontem que a hipótese de reagir com um aumento dos impostos deveria ser levantada, os ministros holandês, espanhol, grego e austríaco afastaram essa solução durante as conversações em Bruxelas.

«Já temos impostos sobre as petrolíferas», afirmou o ministro das Finanças da Holanda, Gerrit Zalm. «Se aumentamos os impostos quando as petrolíferas têm lucros elevados, o que deveremos fazer quando há redução nos ganhos?», indagou acrescentando que, assim «teríamos que depois dar-lhes um subsídio quando os preços do petróleo estão baixos».

O ministro da Grécia, George Alogoskoufis rejeitou o aumento, explicando que «há outras maneiras para lidar com as incertezas do mercado petrolífero».

Esta decisão surge depois do ministro do Luxemburgo ter afirmado ontem que a opinião pública europeia dá sinais de descontentamento com os elevados lucros das petrolíferas e que os ministros das finanças da União Europeia - ontem e hoje reunidos em Bruxelas para o Ecofin - já discutiram a hipótese de reagir com um aumento dos impostos.

As cinco maiores petrolíferas do mundo lucraram cerca de 29 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, ou 4,46 dólares por cada pessoa no mundo.

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