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Ministro quer "ranking" de hospitais no próximo ano

O ministro da Saúde quer criar um “ranking” de hospitais no próximo ano, que avalie o seu funcionamento global, e vai aplicar as regras da gestão empresarial a mais sete unidades até ao fim de Dezembro.

19 de Setembro de 2006 às 09:45
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O ministro da Saúde quer criar um "ranking" de hospitais no próximo ano, que avalie o seu funcionamento global, e vai aplicar as regras da gestão empresarial a mais sete unidades até ao fim de Dezembro.

Em entrevista à agência Lusa, o ministro da Saúde, António Correia de Campos, afirmou que gostaria de criar no próximo ano uma lista hierárquica dos hospitais públicos portugueses, assente em critérios como a "eficiência, equidade no tratamento, taxas de re-hospitalização, conforto dos pacientes, satisfação dos utentes, entre outros".

Correia de Campos sublinhou que "o critério do crescimento da despesa em medicamentos não é o único, nem o mais importante para avaliar uma gestão", mas advertiu que quatro hospitais têm até ao final do ano para "corrigir" os seus custos neste sector, sob pena de perderem as regras de gestão empresarial conferidas pelo estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE).

O ministro da Saúde admitiu que, nalguns casos, pode ter existido um "aproveitamento da flexibilização do estatuto" de EPE, que terá sido "utilizado de forma menos correcta", nomeadamente em "despesas sumptuárias" das direcções e " admissões de pessoal injustificáveis".

Mas estes eventuais abusos não retiram ao ministro a convicção das vantagens do modelo EPE para as unidades de saúde, sendo sua intenção avançar com a criação de mais sete Entidades Públicas Empresariais, constituídas a partir da união da gestão de vários hospitais.

É o caso do Centro Hospitalar de Lisboa Central (que agrega S. José, Capuchos, Santa Marta e D. Estefânia), o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes (que inclui os hospitais de Vila Real, Lamego, Régua e Chaves), e o Centro Hospitalar de Coimbra (agregando o hospital pediátrico, a maternidade Bissaya Barreto e a unidade dos Covões).

O novo estatuto de EPE vai ser também atribuído ao Centro Hospitalar do Vale do Ave (hospitais de Famalicão e Santo Tirso), à Unidade de Saúde Local do Nordeste Alentejano (hospitais de Portalegre e Elvas), ao hospital de Évora e a o Centro Hospitalar Guimarães/Fafe.

O conceito de EPE aplicado aos hospitais surgiu em Junho de 2005, quando este estatuto foi atribuído a 31 unidades de saúde que o anterior Governo PSD/ CDS-PP havia transformado em Sociedades Anónimas em 2002.

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