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Ministro das Finanças francês quer nova mensagem sobre mercado cambial

O ministro das Finanças francês, Francis Mer, afirmou hoje que os responsáveis europeus que participam na reunião das sete maiores economias do mundo (G7) querem mudar a mensagem deixada na última reunião do Grupo acerca do mercado de câmbios.

06 de Fevereiro de 2004 às 18:53
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O ministro das Finanças francês, Francis Mer, afirmou hoje que os responsáveis europeus que participam na reunião das sete maiores economias do mundo (G7) querem mudar a mensagem deixada na última reunião do Grupo acerca do mercado de câmbios.

Na última reunião do G7, realizada em Setembro no Dubai, o comunicado emitido após o encontro apelava à flexibilidade nos mercados cambiais. O discurso resultou numa valorização de 12% do euro face ao dólar desde essa altura e, por isso os ministros europeus querem um comunicado com outra linguagem após a reunião deste fim-de-semana, que terá lugar em Boca Raton, Florida.

“O mercado só percebeu uma parte das nossas palavras”, afirmou Francis Mer. “O comunicado do Dubai não satisfaz ninguém. Queremos trabalhar em frases e palavras que agradem a todos no contexto dos dias de hoje”.

Tendo em conta esse contexto, encontrar um comunicado que agrade a todos não parece tarefa fácil. Isto porque os responsáveis europeus esperam que do lado dos Estados Unidos surja o reconhecimento de que existe “excessiva volatilidade” nos mercados cambiais.

No entanto, o Secretário do Tesouro norte-americano, John Snow, já prometeu resistir às tentativas de alterar a situação do dólar, que no seu actual estado de desvalorização tem ajudado a economia norte-americana a crescer.

Francis de Mer criticou esta visão dos norte-americanos, afirmando que as grandes economias não podem funcionar isoladamente. “Somos todos interdependentes. Ninguém pode pensar que a maneira de resolver os seus problemas não vai afectar os outros, e em consequência, a eles.”

Caso o G7 emita um comunicado em que diga que há excessiva volatilidade, será a primeira vez que o faz desde Abril de 1999. Nessa altura lia-se no comunicado que o G7 pretendia “evitar um excesso de volatilidade e desfasamentos significativos das taxas de câmbio”. O euro valia, então, 1,0590 dólares.

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