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Ministro da Economia defende fortalecimento das relações entre Portugal e China

Visita à China servirá para "dar nota do que Portugal vai fazer" no domínio das privatizações, disse esta segunda-feira o ministro da Economia.

Paulo Duarte
12 de Maio de 2014 às 13:04
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Pires de Lima, defendeu hoje "o fortalecimento" das relações com a China, apontando aquele país como "um mercado com enorme potencial" para as exportações portuguesas. E defendeu a importância do Fórum Macau na parceria entre os dois países.

 

"Há uma agenda exportadora portuguesa que tem um enorme potencial aqui na China", disse Pires de Lima em Xangai, onde chegou hoje à tarde (hora local), integrado na comitiva do presidente Cavaco Silva.

 

É a primeira visita de um chefe de estado português à China desde 2005 e é acompanhada por uma centena de empresários.

 

"Esta visita tem um cunho muito empresarial. É, sem dúvida, uma viagem de enorme potencial", afirmou o ministro da Economia.

 

"Nos últimos anos, quando muitos duvidavam da nossa credibilidade, foi um dos principais países a investir em Portugal", sublinhou Pires de Lima, acrescentando que a China "é uma potência com enorme crescimento".

 

"Interessa-nos fortalecer as relações com a China. É muito importante que a China veja em Portugal um parceiro fiável para investimento na Europa", acrescentou.

 

Portugal apresenta exportações a chineses

 

Em declarações aos jornalistas junto ao hotel onde está instalada a comitiva presidencial, Pires de Lima definiu também a China como "um mercado que Portugal tem vindo paulatinamente a descobrir".

 

Pelas contas portuguesas, referidas pelo ministro, no ano passado, as exportações portuguesas somaram 650 milhões de euros e nos dois primeiros meses de 2014 aumentaram 45%.

 

Pires de Lima, que se encontra pela primeira vez na China, adiantou que a visita de Cavaco Silva servirá também para "dar nota do que Portugal vai fazer" no domínio das privatizações, nomeadamente no sector dos transportes.

 

Em 2012, duas grandes empresas estatais chinesas - a China Three Gorges e China State Grid - pagaram ao Estado português mais de três mil milhões de euros pela entrada no capital da EDP e da REN, respectivamente.

 

Cavaco Silva chegou hoje a Xangai, após uma viagem de 16 horas.

 

O programa oficial da visita começa na terça-feira de manhã (hora local) com um encontro com empresários chineses, entre os quais Guo Guangchang, presidente do grupo privado Fosun, que em janeiro passado ganhou o concurso para a privatização da Caixa-Seguros.

 

O presidente português seguirá na quarta-feira para Pequim, onde vai encontrar-se com os principais lideres chineses, e antes de regressar a Lisboa, no próximo fim-de-semana, visitará Macau.

 

Numa entrevista à agência noticiosa oficial Xinhua, Cavaco Silva disse que "a China pode estar segura que Portugal agirá dentro da União Europeia de forma amiga face à China".

 

"Somos um parceiro construtivo e um amigo da China e sabemos quão benéfico é para a União Europeia aprofundar as relações comerciais e de investimento com a China", afirmou o presidente português.

 

Fórum Macau é "muito importante" para Portugal vingar como parceiro da China

 

Para Pires de Lima, o Fórum Macau é um instrumento "muito importante" para fixar Portugal "como parceiro preferencial da China", disse hoje em Xangai o ministro da Economia, António Pires de Lima.

 

Em declarações aos jornalistas poucas horas depois de ter chegado à capital económica chinesa integrado na comitiva oficial do Presidente da República, Pires de Lima sublinhou que o Fórum Macau e os seus instrumentos, como a linha de crédito de mil milhões de dólares lançada em 2010 pelo então primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, são importantes para Portugal.

 

"São muito importantes para estabelecer Portugal como um parceiro preferencial da China para investimentos na área da Lusofonia. Há o fundo que se for bem orientado pode permitir grandes investimentos chineses não só em Portugal, mas em outros países que falam português", disse o ministro.

 

Por outro lado, acrescentou, estes instrumentos, "além da relação que se vai estabelecendo entre as entidades financeiras", no final "ajudam a agilizar esta relação entre a China e Portugal".

 

"O facto de a China estar interessada e ter relações privilegiadas com a Lusofonia é bom para Portugal e significa uma oportunidade de Portugal poder participar nesse esforço de relacionamento e naquilo que também se traduz depois em investimento", afirmou, salientando que Portugal "tem um papel importante" no Fórum Macau.

 

(noticia actualizada ás 15h00 com mais declarações do ministro da Economia)

 

 

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