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Ministro da Saúde espera melhorar algumas carreiras ainda em 2022

Deputados questionam subida de apenas 2,9% nas despesas com pessoal. Manuel Pizarro argumenta que há melhorias que ainda podem ocorrer neste ano, sem se refletirem num aumento de gastos em 2023.

Tiago Petinga / Lusa
08 de Novembro de 2022 às 19:28
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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que espera avançar ainda neste ano com parte das valorizações prevista nas carreiras do sector, numa altura em que o Governo conduz negociações com sindicatos de enfermeiros e médicos e espera iniciar mais rondas noutras carreiras ao longo das próximas semanas.


"Há várias negociações sindicais que estão em curso que tenho a expectativa que produzam despesa já em 2022", indicou o governante nesta terça-feira no parlamento em audição no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023.


A indicação, em resposta ao deputado João Dias do PCP, foi dada para justificar que algumas valorizações de remuneração prometidas pelo Governo não surgirão refletidas na previsão de subida em 2,9% de despesas com pessoal na Saúde que consta da proposta de Orçamento para o próximo ano. O deputado comunista questionava Manuel Pizarro sobre a margem que a subida prevista deixa para novas contratações e melhorias nas carreiras.


O ministro argumentou com a perspetiva de despesa antecipada neste ano e que, prosseguindo no próximo, não significará subida de despesa, mas a sua manutenção.


Por outro lado, Pizarro tem argumentado que a subida efetiva de gastos com trabalhadores do SNS será superior, nomeadamente, por comparar com um ano ainda de despesa extraordinária com a Covid (cerca de 200 milhões não se repetirão, diz) e no qual 33 milhões foram somados para financiar a descentralização de competências na Saúde.


Em 2023, o Governo espera gastar com o pessoal da Saúde cerca de 5,5 mil milhões de euros, representando mais 153,3 milhões de euros face à estimativa de despesa para este ano. Os custos com remunerações de profissionais representarão cerca de 37% do orçamento da Saúde.


Já a despesa com a aquisição de bens e serviços sobe 14,1% para 8,1 mil milhões de euros, representando mais 999,7 milhões de euros.


No aumento previsto das despesas, assume Manuel Pizarro, conta pouco a aceleração de preços. "O essencial do impacto da inflação nos custos da Saúde já ocorreu em 2022", indicou no parlamento.

 

No próximo ano, o orçamento da Saúde atinge 14,8 mil milhões de euros, valor que o Governo antecipa que corresponda a um aumento de 7,8% face à estimativa de gastos da Saúde para conjunto deste ano – ou mais 1.076 milhões de euros.

 

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