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Ministro da Economia assume pasta do secretário de Estado da Indústria
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou hoje que vai assumir, de forma temporária, a pasta do secretário de Estado da Indústria demissionário João Vasconcelos, "em conjugação com os secretários de Estado" daquela tutela.
Questionado pela Lusa, à margem da apresentação e debate do estudo EY Atractiveness Survey, sobre se vai assumir a pasta da secretaria de Estado da Indústria, até que seja nomeado um substituto, Manuel Caldeira Cabral disse aos jornalistas: "É óbvio que será sempre o ministro a assumir todas as pastas do seu ministério, em conjugação com os secretários de Estado".
O governante acrescentou ainda: "Neste momento o secretário de Estado ainda está em funções e está a trabalhar comigo nesse sentido".
Os secretários de Estado da Indústria, João Vasconcelos, dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, pediram no domingo a exoneração dos cargos, após terem requerido ao Ministério Público a constituição como arguidos no processo de investigação às viagens dos governantes a França, a convite da Galp Energia, para assistirem a jogos do Euro2016.
Entretanto, na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República informou estarem em curso diligências para a constituição como arguidos dos três secretários de Estado exonerados (Internacionalização, Assuntos Fiscais e Indústria).
Questionado sobre se as empresas estrangeiras mantêm interesse em investir em Portugal, Manuel Caldeira Cabral afirmou que os resultados que tem tido, no âmbito das viagens de diplomacia económica e de promoção do país em todo mundo, é de que existe "um interesse crescente" e "positivo".
"Quando entrámos para o Governo ainda havia muitas perguntas sobre a situação do país, hoje em dia o que nos perguntam é em que sectores podemos investir, onde é que estão as oportunidades, quem é que podemos contactar", afirmou o governante.
"O que encontramos, de facto, em todo o mundo é um interesse grande de investir em Portugal, de trabalhar com as empresas portuguesas, de encontrar em Portugal parceiros e é isso em que estamos a trabalhar", continuou.
Manuel Caldeira Cabral sublinhou a rota directa entre Portugal e China, país de onde tem vindo "muito investimento" para Portugal, recordando que também está a ser trabalhada a rota directa para o Japão, que tem grandes empresas a marcar presença no mercado português.
"Estamos a trabalhar em criar melhores ligações, não só melhores ligações aéreas, mas principalmente melhores ligações de negócios, trabalhando em conjunto com a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal], trabalhando em Portugal na melhoria das condições de inovação", prosseguiu, sublinhando que o programa Startup Portugal deu "um impulso muito grande à capacidade das empresas portuguesas se afirmarem internacionalmente".
O governante sublinhou que as empresas internacionais têm demonstrado "um interesse em investir em Portugal, investir em áreas cada vez mais tecnológicas, em áreas cada vez mais exigentes, mais sofisticadas, e que também criam melhores empregos e empregos mais bem remunerados para os jovens portugueses".