"Podemos pensar numa redução fiscal para as empresas que investem em capital humano. Este será o meu argumento no Conselho de Ministros e irei apresentá-lo ao presidente e aos restantes colegas de Governo", explicou a ministra num programa da rádio italiana.

De acordo com a governante, a redução da carga fiscal seria apenas para as empresas, uma vez que "não se pode aplicar a todos os trabalhadores".

"Temos de ter os pés assentes na terra numa altura em que a dívida pública é ainda muito alta", sublinhou a ministra.

Há cerca de uma semana, o primeiro-ministro italiano, Mário Monti, negou em comunicado que o Governo italiano estivesse a estudar redução de impostos a particulares (IRS) em Itália, ao contrário do que noticiava a imprensa italiana.

Com as declarações proferidas hoje, Elsa Fornero coloca-se assim do lado da proposta apresentada pelo líder do sindicato CISL, Raffaele Bonanni, sobre a redução fiscal às empresas que contratem jovens.

O Governo italiano realiza na sexta-feira a primeira reunião de Conselho de Ministros desde a interrupção para férias de verão. Em comunicado, citado pela agência espanhola EFE, o Executivo italiano adianta que vai estudar medidas possíveis para impulsionar o crescimento.

Segundo Fornero, entre as medidas que o Governo está a estudar destaca-se o "plano jovens", que não irá contar com financiamento, mas sim com "medidas específicas, territoriais, microeconómicas, que serão bem utilizadas".