Notícia
Ministério Público confirma investigação a altos dirigentes angolanos
O Ministério Público (MP) informou hoje, relativamente a um processo-crime contra altos dirigentes angolanos, que "corre uma investigação", mas que nesse inquérito não foram constituídos quaisquer arguidos.
13 de Novembro de 2012 às 19:44
"Na sequência de notícias vindas a público sobre a existência de um processo-crime contra altos dirigentes angolanos, o DCIAP esclarece que corre uma investigação sem que, contudo, nela estejam constituídos quaisquer arguidos", refere o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
O departamento dirigido pela magistrada Cândida Almeida não adianta mais pormenores, justificando que "o processo encontra-se em segredo de justiça, pelo que não é possível, neste momento, prestar quaisquer outros esclarecimentos".
O activista angolano Rafael Marques já havia confirmado à agência Lusa que o MP português tinha em curso um inquérito-crime, do qual é testemunha, sobre o envolvimento de altos dirigentes angolanos em crimes de branqueamento de capitais.
Em Lisboa para prestar declarações no âmbito de outro processo, o activista e jornalista Rafael Marques sublinhou que o inquérito-crime em curso diz respeito ao que começou por ser um "processo de averiguação preventiva", de que deu conhecimento à agência Lusa Rafael Marques a 11 de Janeiro.
Esse processo, com o n.º 85/11-PG, foi interposto por um cidadão angolano residente em Portugal, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Tanto esse cidadão como Rafael Marques -- que, a 11 de Janeiro, depôs em Lisboa como testemunha no processo -- são agora ambos testemunhas no inquérito-crime n.º142/12, cuja abertura foi noticiada neste sábado pelo "Expresso".
Segundo o semanário, o MP português está a investigar três altos dirigentes do regime angolano -- Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" -- por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
Em Janeiro -- e, depois, novamente em Julho -, Rafael Marques depôs como testemunha na queixa apresentada pelo referido cidadão angolano residente em Portugal, tendo sido chamado pelo que tem investigado sobre "a corrupção em Angola".
Segundo disse à Lusa na altura, a queixa versava "uma longa lista", de duas dezenas de cidadãos angolanos com "investimentos e propriedades em Portugal", acusando-os de "branqueamento de capitais".
A lista incluía "membros da família presidencial" angolana, entre os quais Welwitschea José dos Santos (conhecida como "Tchizé" dos Santos), uma das filhas do Presidente angolano.
Os nove generais angolanos que Rafael Marques processou, em Angola, por "actos quotidianos de tortura" nas zonas de extracção mineira das Lundas apresentaram por seu lado queixa - em Portugal - contra o activista, que responderá por "calúnia e injúria".
O departamento dirigido pela magistrada Cândida Almeida não adianta mais pormenores, justificando que "o processo encontra-se em segredo de justiça, pelo que não é possível, neste momento, prestar quaisquer outros esclarecimentos".
Em Lisboa para prestar declarações no âmbito de outro processo, o activista e jornalista Rafael Marques sublinhou que o inquérito-crime em curso diz respeito ao que começou por ser um "processo de averiguação preventiva", de que deu conhecimento à agência Lusa Rafael Marques a 11 de Janeiro.
Esse processo, com o n.º 85/11-PG, foi interposto por um cidadão angolano residente em Portugal, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Tanto esse cidadão como Rafael Marques -- que, a 11 de Janeiro, depôs em Lisboa como testemunha no processo -- são agora ambos testemunhas no inquérito-crime n.º142/12, cuja abertura foi noticiada neste sábado pelo "Expresso".
Segundo o semanário, o MP português está a investigar três altos dirigentes do regime angolano -- Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" -- por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
Em Janeiro -- e, depois, novamente em Julho -, Rafael Marques depôs como testemunha na queixa apresentada pelo referido cidadão angolano residente em Portugal, tendo sido chamado pelo que tem investigado sobre "a corrupção em Angola".
Segundo disse à Lusa na altura, a queixa versava "uma longa lista", de duas dezenas de cidadãos angolanos com "investimentos e propriedades em Portugal", acusando-os de "branqueamento de capitais".
A lista incluía "membros da família presidencial" angolana, entre os quais Welwitschea José dos Santos (conhecida como "Tchizé" dos Santos), uma das filhas do Presidente angolano.
Os nove generais angolanos que Rafael Marques processou, em Angola, por "actos quotidianos de tortura" nas zonas de extracção mineira das Lundas apresentaram por seu lado queixa - em Portugal - contra o activista, que responderá por "calúnia e injúria".