Notícia
Militantes do PSD escolhem hoje 19.º presidente
Mais de 44 mil militantes do PSD escolhem este sábado o novo líder do partido, entre Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva, numas eleições diretas antecipadas convocadas depois da derrota eleitoral de janeiro,
28 de Maio de 2022 às 10:13
O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o antigo vice-presidente Jorge Moreira da Silva disputam este sábado a presidência do partido em eleições diretas em que podem votar mais de 44 mil militantes.
De acordo com o site do PSD, o universo eleitoral para as 11.ªs eleições diretas do partido ronda os 44.300 militantes, aqueles que têm as quotas em dia para poder votar e que irão escolher o 19.º presidente do partido.
A eleição decorre em todo o país entre as 14:00 e as 20:00 e, a partir do fecho das urnas, a secretaria-geral do PSD irá disponibilizar a evolução dos resultados das eleições em tempo real no site https://resultados.psd.pt, assim como o histórico das eleições anteriores.
A proclamação dos resultados será feita pelo Conselho de Jurisdição Nacional, que acompanhará o processo na sede nacional do partido, em Lisboa.
Simultaneamente, decorre a eleição dos delegados ao 40.º Congresso Nacional do PSD, que se reunirá nos dias 1, 2 e 3 de julho, no Coliseu do Porto.
Jorge Moreira da Silva votará pelas 14:30, em Vila Nova de Famalicão (Braga), e rumará depois a Lisboa, onde vai acompanhar os resultados na sua sede de campanha no Taguspark, em Oeiras.
Luís Montenegro votará pelas 16:00 na Junta de Freguesia de Espinho (Aveiro) e acompanhará a noite eleitoral num hotel da mesma cidade.
Jorge Moreira da Silva tem 51 anos, é engenheiro eletrotécnico, e concorre pela primeira vez à presidência do PSD, partido pelo qual já foi deputado, eurodeputado, primeiro vice-presidente e ministro do Ambiente no Governo liderado por Pedro Passos Coelho, de quem foi 'vice' durante seis anos.
Luís Montenegro tem 49 anos, é advogado, e concorre pela segunda vez à liderança do partido - depois de ter disputado e perdido para o atual presidente Rui Rio as diretas de 2020, numa inédita segunda volta no PSD - e notabilizou-se como rosto do 'passismo' na liderança da bancada parlamentar nos anos da 'troika'.
Estas são eleições diretas antecipadas, convocadas pela direção depois da derrota eleitoral do partido em 30 de janeiro, já que Rui Rio - presidente do PSD desde janeiro de 2018 - teria mandato até dezembro de 2023.
Até hoje, a vitória de Rui Rio sobre o eurodeputado Paulo Rangel nas últimas diretas, em 27 de novembro do ano passado, foi a mais curta de sempre em eleições internas no PSD: apenas 1.746 votos separaram os dois candidatos, ainda menos do que a distância entre Rio e Montenegro em 2020 (2.071).
A 'chave' do resultado eleitoral deverá voltar a estar, como habitualmente, nas quatro maiores distritais do PSD: Porto, Braga, Lisboa e Aveiro registam, por esta ordem, o maior número de militantes em condições de votar, centralizando 54,5% do total (mais um ponto percentual do que em novembro), seguidas pela Madeira com cerca de 5% do total dos votos.
Numa campanha morna, sem debates e longe da atenção mediática das anteriores - disputadas a dois meses de legislativas -, os dois candidatos procuraram marcar diferenças a partir do seu percurso político e características pessoais: Montenegro salienta ter estado no centro do combate político como líder parlamentar nos anos conturbados da 'troika' e Jorge Moreira da Silva reclama a capacidade de "entregar resultados" nas várias funções nacionais e internacionais que já desempenhou.
Ambos apontam à vitória nas várias eleições até às legislativas de 2026 - com um especial foco para as europeias de 2024, o primeiro grande teste do próximo presidente antes de se sujeitar novamente a eleições internas -, mas o posicionamento do partido e as 'linhas vermelhas' para futuras governações têm sido fatores de diferenciamento.
Luís Montenegro definiu o PSD como o partido incumbente e a casa-mãe do espaço não socialista, o que tem sido criticado por Moreira da Silva, que contrapõe que na social-democracia não cabem "racistas, xenófobos e populistas".
A relação com o partido Chega, em particular, distingue os dois candidatos: o antigo vice-presidente do PSD afasta qualquer tipo de diálogo com esta força política, enquanto o antigo líder parlamentar diz que esse debate é "extemporâneo" e avisa que, sem descaracterizar o PSD ou ultrapassar "linhas nucleares", não será "cúmplice da perpetuação do PS no poder".
De acordo com o site do PSD, o universo eleitoral para as 11.ªs eleições diretas do partido ronda os 44.300 militantes, aqueles que têm as quotas em dia para poder votar e que irão escolher o 19.º presidente do partido.
A proclamação dos resultados será feita pelo Conselho de Jurisdição Nacional, que acompanhará o processo na sede nacional do partido, em Lisboa.
Simultaneamente, decorre a eleição dos delegados ao 40.º Congresso Nacional do PSD, que se reunirá nos dias 1, 2 e 3 de julho, no Coliseu do Porto.
Jorge Moreira da Silva votará pelas 14:30, em Vila Nova de Famalicão (Braga), e rumará depois a Lisboa, onde vai acompanhar os resultados na sua sede de campanha no Taguspark, em Oeiras.
Luís Montenegro votará pelas 16:00 na Junta de Freguesia de Espinho (Aveiro) e acompanhará a noite eleitoral num hotel da mesma cidade.
Jorge Moreira da Silva tem 51 anos, é engenheiro eletrotécnico, e concorre pela primeira vez à presidência do PSD, partido pelo qual já foi deputado, eurodeputado, primeiro vice-presidente e ministro do Ambiente no Governo liderado por Pedro Passos Coelho, de quem foi 'vice' durante seis anos.
Luís Montenegro tem 49 anos, é advogado, e concorre pela segunda vez à liderança do partido - depois de ter disputado e perdido para o atual presidente Rui Rio as diretas de 2020, numa inédita segunda volta no PSD - e notabilizou-se como rosto do 'passismo' na liderança da bancada parlamentar nos anos da 'troika'.
Estas são eleições diretas antecipadas, convocadas pela direção depois da derrota eleitoral do partido em 30 de janeiro, já que Rui Rio - presidente do PSD desde janeiro de 2018 - teria mandato até dezembro de 2023.
Até hoje, a vitória de Rui Rio sobre o eurodeputado Paulo Rangel nas últimas diretas, em 27 de novembro do ano passado, foi a mais curta de sempre em eleições internas no PSD: apenas 1.746 votos separaram os dois candidatos, ainda menos do que a distância entre Rio e Montenegro em 2020 (2.071).
A 'chave' do resultado eleitoral deverá voltar a estar, como habitualmente, nas quatro maiores distritais do PSD: Porto, Braga, Lisboa e Aveiro registam, por esta ordem, o maior número de militantes em condições de votar, centralizando 54,5% do total (mais um ponto percentual do que em novembro), seguidas pela Madeira com cerca de 5% do total dos votos.
Numa campanha morna, sem debates e longe da atenção mediática das anteriores - disputadas a dois meses de legislativas -, os dois candidatos procuraram marcar diferenças a partir do seu percurso político e características pessoais: Montenegro salienta ter estado no centro do combate político como líder parlamentar nos anos conturbados da 'troika' e Jorge Moreira da Silva reclama a capacidade de "entregar resultados" nas várias funções nacionais e internacionais que já desempenhou.
Ambos apontam à vitória nas várias eleições até às legislativas de 2026 - com um especial foco para as europeias de 2024, o primeiro grande teste do próximo presidente antes de se sujeitar novamente a eleições internas -, mas o posicionamento do partido e as 'linhas vermelhas' para futuras governações têm sido fatores de diferenciamento.
Luís Montenegro definiu o PSD como o partido incumbente e a casa-mãe do espaço não socialista, o que tem sido criticado por Moreira da Silva, que contrapõe que na social-democracia não cabem "racistas, xenófobos e populistas".
A relação com o partido Chega, em particular, distingue os dois candidatos: o antigo vice-presidente do PSD afasta qualquer tipo de diálogo com esta força política, enquanto o antigo líder parlamentar diz que esse debate é "extemporâneo" e avisa que, sem descaracterizar o PSD ou ultrapassar "linhas nucleares", não será "cúmplice da perpetuação do PS no poder".