“Todos juntos para derrotar a austeridade e a pobreza”, referia a faixa principal exibida no desfile pelas centrais sindicais dos sectores público (Adedy) e privado (GSEE), referiu a agência noticiosa AFP.

Cerca de 4.500 polícias foram mobilizados na segunda cidade da Grécia, para garantir a segurança, e no dia em que o primeiro-ministro, Antonis Samaras, se deslocou a Salónica para inaugurar a 78.ª Feira Internacional, que assinala anualmente e nesta data a ‘rentrée’ política e económica.

Para além do cortejo principal dos sindicatos, decorreram ainda três outras concentrações, organizadas pela esquerda extraparlamentar, associações e partidos que se opõem à exploração de minas de ouro numa região próxima, e ainda pelo sindicato Pame, controlado pelo Partido Comunista.

Apesar de o primeiro-ministro ter prometido hoje que “não haverá mais políticas de austeridade” na Grécia, a agitação social começa a delinear-se no país, após as medidas aplicadas na função pública, em particular uma lei da mobilidade no âmbito da reestruturação do sector público exigido a Atenas pela troika de credores internacionais, para além de um novo plano de privatizações.

O sindicato dos professores do ensino secundário (Olme) deverá convocar uma greve após o reinício das aulas em 11 de Setembro, enquanto o Adedy já anunciou uma greve de 48 horas para 18 e 19 de Setembro.