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Miguel Guimarães: Fecho de maternidades não está em causa e concentrar serviços é solução

O bastonário da Ordem dos Médicos antecipa que a solução para as maternidades da Grande Lisboa poderá seguir exemplo da área metropolitana do Porto, com prolongamento de aberturas alternadas.

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O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, admite que a solução para a falta de profissionais nas maternidades da Grande Lisboa poderá passar pelo prolongamento de fechos alternados, mas defende que não estão em causa encerramentos.

 

"Penso que a questão das maternidades não tem que ver propriamente com o encerrarem. Tem que ver com em determinado tipo de horários haver concentração de recursos", diz em entrevista ao Negócios e Antena 1, no programa Conversa Capital.

 

Segundo o bastonário, a Ordem dos Médicos está atualmente a trabalhar numa solução com a direção executiva do SNS, que decidiu estender, pelo menos, até março o funcionamento alternado de maternidades na área metropolitana de Lisboa.

 

Prolongar a medida com concentração de recursos "funciona nas grandes áreas metropolitanas, não funciona na periferia", sublinha Miguel Guimarães. "Na periferia, temos mesmo de ter lá as pessoas".

 

O bastonário, prestes a concluir mandato, defende que a solução "funciona no Grande Porto há mais de dez anos" e exemplifica: "Quando há menos afluência, entre as 20:00 e as 8:00 à semana, e sábado e domingo, havia concentração de urgências em determinados tipos de serviços – neste caso, em determinadas maternidades. Não precisavam de estar todas abertas a essa hora. Mas a maternidade, depois, continuava a funcionar normalmente, e das 8:00 até às 20:00 também funcionaria normalmente".

 

Esta, diz, "é uma solução possível, mas a direção executiva é que sabe o que vai fazer".  "Seguramente, dentro de pouco tempo vamos ter algumas novidades, que penso que vão ser positivas em termos de criar mais eficiência dentro do sistema e servir melhor os nossos doentes", acredita-

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