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Mexia diz que objectivo para exportações tinha «óptica dirigista»

O PSD resolveu retirar o objectivo de crescimento do peso das exportações no PIB de 30% para 40% por considerar que é uma «óptica dirigista», revelou o responsável pelo programa eleitoral do partido, António Mexia, em conferência de Imprensa durante a qua

27 de Janeiro de 2005 às 09:30
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O PSD resolveu retirar o objectivo de crescimento do peso das exportações no PIB de 30% para 40% por considerar que é uma «óptica dirigista», revelou o responsável pelo programa eleitoral do partido, António Mexia, em conferência de Imprensa durante a qual aproveitou para responder às críticas do PS explicando que colocaram objectivos realistas que só dependem do Estado.

Segundo o mesmo responsável «optou-se por não colocar o objectivo relativo às exportações apenas por uma razão: porque se trata de uma óptica dirigista», acrescentando que «não há razão para preferir a exportação por exemplo ao Turismo». No entanto António Mexia adiantou que não vão descurar essa área.

O responsável pelo programa eleitoral do PSD respondeu às críticas apontadas por economistas reunidos pelo PS, que apelidaram de «irrealista» a meta de crescimento da produtividade de Portugal face à média da União Europeia, explicando que irresponsável é prometer 150 mil empregos» e sublinhando que «tentámos não pôr nada que fosse ilusório».

Neste sentido, «prometemos aumento de produtividade através de mecanismos que dependem directamente de nós». António Mexia foi mais longe nas críticas afirmando que «fico agradado quando dizem que afinal vai haver portagens nas SCUTS quando passaram meses a dizer que não, e são essas pessoas que vêm dizer que somos irresponsáveis».

O também ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações reiterou que o principal objectivo do partido é «aumentar a produtividade de Portugal face à média europeia de 64% para 75%», uma vez que é a condição «essencial» de criar e distribuir mais riqueza.

«Há uma única meta aspiracional que é diminuir o ‘gap’ de riqueza entre nós e o resto da Europa. A mesma depende da produtividade e, por isso, o objectivo é o crescimento de 75% referido» explicando que «dois terços do ‘gap’ entre nós e a Europa, em termos de produtividade, de políticas económicas desadequadas».

O mesmo responsável explicou que defendem um «choque de gestão que garanta níveis mínimos de literacia em gestão, começando pelo Estado na sua actuação directa de prestador de serviços e indirecta de enquadramento legal e regulatório».

O ministro referiu que, por exemplo, em relação ao subsídio de desemprego «queremos acabar com o subsídio a curto prazo» e que «tem que haver protecção ao desemprego de longa duração», explicando que «tem que haver um investimento na reconversão das pessoas que se encontram nesta última situação, com acções de formação por exemplo». O objectivo «é que o Estado garanta a formação através do cheque-formação».

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