Estas são três das nove propostas que a Alemanha e a França vão apresentar conjuntamente aos líderes europeus e que foram esta tarde consensualizadas pela chanceler Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy, após um encontro bilateral, que teve lugar em Paris.

Em relação ao “governo económico”, a proposta franco-alemã dá seguimento a uma velha reivindicação de Paris e institucionaliza o que tem sido uma prática cada vez mais frequente: encontros reservados aos líderes dos países do euro.

Paris e Berlim querem que estes se realizem pelo menos duas vezes por ano. Para já, este novo órgão seria presidido por Herman Van Rompuy, que já é o presidente do Conselho da União Europeia (onde se sentam os líderes de todos os 27 Estados-membros).

Sobre o “travão constitucional” ao endividamento público, trata-se de “exportar” para os países do euro o modelo adoptado na Alemanha em 2009. “É um passo corajoso. Se no passado o tivéssemos feito, não teríamos tantos problemas hoje”, argumentou Angela Merkel.

Segundo explicou a chanceler, a proposta franco-alemã prevê que esse travão ao endividamento esteja inscrito nas Constituições de todos os países do euro até ao fim do Verão de 2012.

“Hoje estamos a fazer propostas para reforçar a confiança no euro”, frisou a chanceler alemã, explicando ser “fundamental” que os limites de endividamento possam ser controlados por órgãos nacionais, não apenas europeus, independentes dos Governos que conjunturalmente estejam no poder.

Em relação ao valor, base de incidência e destino a dar às receitas de uma nova taxa sobre as transacções financeiras, pouco foi adiantado, tratando-se de uma proposta que há muito a França e a Alemanha defendem no âmbito do G20 e que gostariam de ver consagrada ao nível mundial.