Notícia
Merkel e Medvedev inauguram gasoduto controverso
A chanceler alemã e o presidente russo inauguraram uma nova ligação que concede uma posição privilegiada à Alemanha no abastecimento de gás.
Angela Merkel e Dmitri Medvedev inauguraram hoje o gasoduto "Nord Stream" que une directamente os dois países. Estima-se que um décimo das vendas de gás russo à Europa passem a ser comercializadas através deste novo gasoduto.
O "Nord Stream" foi, desde o seu início, um dos projectos mais controversos no seio da União Europeia.
Promovido por um consórcio liderado pela Gazprom (51%) e pelas alemãs E.On (20%), Wintershall-BASF (20%), com uma pequena participação de 9% holandesa Gasunie, o gasoduto fomentado pelo ex-chanceler Gerhard Schröder liga directamente a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico, contornando todos os países da região para evitar dificuldades – e custos – sempre associados a países de trânsito.
Suécia, Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia tentaram, em vão, travar o projecto, considerando-o uma ameaça ambiental, mas também à sua própria segurança nacional. Preferiam uma alternativa por terra que também os pudesse servir.
Dona das maiores reservas mundiais, a Rússia fornece quase um terço do gás consumido na Europa e controla todas as rotas da Ásia Central através de um "polvo" cada vez mais extenso e temido chamado Gazprom. Até agora, mais de 80% do gás russo passa pela Ucrânia e já lá vão duas vezes que, em pleno Inverno, Moscovo fecha a torneira e deixa o sudeste europeu ao frio.
Abrir caminho a novas rotas e fornecedores tornou-se vital para a segurança da Europa – energética e não só. Foi nesse contexto que surgiu o "Nabucco", o único gasoduto que tem a chancela da União Europeia, após grande resistência da Alemanha e de Itália, o incluiu entre os projectos prioritários.
Com 3.300 km, o "Nabucco" pretende ligar Baku (capital do Azerbeijão) a Viena de Áustria (concretamente, a Baumgarten, um enorme centro gasífero austríaco) aproveitando um troço já existente entre a capital do Azerbaijão e Erzurum, na Turquia.
O projecto está há anos a ser desenvolvido por um consórcio de seis empresas gasistas – OMV (Áustria), MOL (Hungria), Transgaz (Roménia), Bulgargaz (Bulgária), BOTAŞ (Turquia) e RWE (Alemanha) – mas sem grandes avanços no terreno. Ao invés do "Nord Stream", que embora não permita a diversificação de fornecedores, concede à Alemanha a possibilidade de se converter num "hub" de distribuição de gás na Europa.
O "Nord Stream" foi, desde o seu início, um dos projectos mais controversos no seio da União Europeia.
Promovido por um consórcio liderado pela Gazprom (51%) e pelas alemãs E.On (20%), Wintershall-BASF (20%), com uma pequena participação de 9% holandesa Gasunie, o gasoduto fomentado pelo ex-chanceler Gerhard Schröder liga directamente a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico, contornando todos os países da região para evitar dificuldades – e custos – sempre associados a países de trânsito.
Dona das maiores reservas mundiais, a Rússia fornece quase um terço do gás consumido na Europa e controla todas as rotas da Ásia Central através de um "polvo" cada vez mais extenso e temido chamado Gazprom. Até agora, mais de 80% do gás russo passa pela Ucrânia e já lá vão duas vezes que, em pleno Inverno, Moscovo fecha a torneira e deixa o sudeste europeu ao frio.
Abrir caminho a novas rotas e fornecedores tornou-se vital para a segurança da Europa – energética e não só. Foi nesse contexto que surgiu o "Nabucco", o único gasoduto que tem a chancela da União Europeia, após grande resistência da Alemanha e de Itália, o incluiu entre os projectos prioritários.
Com 3.300 km, o "Nabucco" pretende ligar Baku (capital do Azerbeijão) a Viena de Áustria (concretamente, a Baumgarten, um enorme centro gasífero austríaco) aproveitando um troço já existente entre a capital do Azerbaijão e Erzurum, na Turquia.
O projecto está há anos a ser desenvolvido por um consórcio de seis empresas gasistas – OMV (Áustria), MOL (Hungria), Transgaz (Roménia), Bulgargaz (Bulgária), BOTAŞ (Turquia) e RWE (Alemanha) – mas sem grandes avanços no terreno. Ao invés do "Nord Stream", que embora não permita a diversificação de fornecedores, concede à Alemanha a possibilidade de se converter num "hub" de distribuição de gás na Europa.