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Medina garante “total observância da lei” com novo fundo para investimento

O ministro das Finanças argumenta também que usar excedente nesta reserva que será investida dívida pública permitirá anular posição de endividamento face ao exterior.

Fernando Medina admitiu ir além de 400 milhões de alívio em IRS em função da evolução deste ano.
Tiago Petinga/Lusa
26 de Outubro de 2023 às 17:37
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O ministro das Finanças garante que a criação de um novo Fundo de Investimento Estruturante a partir do excedente previsto para este ano será feito "em total observância da lei". Fernando Medina argumenta também que a aplicação do fundo em dívida pública nacional irá permitir reduzir endividamento face ao exterior.

 

A garantia de cumprimento da legislação foi dada nesta quinta-feira pelo governante, um dia depois de o Conselho das Finanças Públicas (CFP) ter indicado, na apreciação da proposta de Orçamento para 2024, que a lei obriga a que os excedentes das contas públicas sejam usados para abater dívida públicas em caso de endividamento excessivo (acima de 60% do PIB), o que se continua a verificar em Portugal.

Para este ano, está previsto um excedente de 0,8% do PIB, ou cerca de 2,2 mil milhões de euros, que o Governo pretende aplicar na dotação inicial do novo fundo. 

 

Segundo o ministro, a apresentação já feita dos planos do Governo, no início do mês "traduz a total observância da lei relativamente à criação deste instrumento".

 

Medina respondia ao deputado Hugo Carneiro, do grupo parlamentar do PSD, em audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças para apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2024.

 

O deputado queria saber se o Governo pretende rever a Lei de Enquadramento Orçamental e quando, assim como que regras haverá para aplicação de excedentes, e, por fim, se o Parlamento será chamado à discussão. Além disso, o PSD também queria saber que taxa de rendibilidade espera o Governo com a aplicação dos fundos.

 

O ministro das Finanças não respondeu diretamente a estas questões, mas voltou a explicar a lógica da criação do instrumento – preparar reservas para o período após 2026, quando terminar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência e a União Europeia discutir um novo alargamento, que poderá diminuir os fundos disponíveis para Portugal.

 

Por outro lado, Fernando Medina defendeu que o novo fundo conduzirá a uma redução do endividamento ao ser aplicado em dívida pública portuguesa. "O que estamos a fazer na prática é a diminuir a dívida pública portuguesa", disse, argumentando que os investimentos do fundo  nacional anularão a posição de endividamento face ao exterior.

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