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Marcelo regista fuga de informação sobre o elenco de ministros
"O que passou, passou" mas "fica registado", disse o Presidente da República que evitou responsabilizar diretamente o governo pela fuga de informação. "Não fazia sentido uma audiência para apresentar uma lista que estava confirmada", justificou o chefe de Estado.
O Presidente da República evitou responsabilizar diretamente o governo pela fuga de informação do elenco de ministros dizendo que "o que passou, passou" mas que "fica registado".
"Não fazia sentido uma reunião para apresentar uma lista que estava confirmada. O que passou, passou e foi registado. Acontecem estas coisas na vida", disse o chefe de Estado esta manhã lembrando que "o mais importante" é que o governo assuma funções na próxima quarta-feira, como previsto. Para Marcelo rebelo de Sousa o episódio "deve ser encarado com naturalidade institucional".
Em causa está o cancelamento da audiência com o primeiro-ministro, na qual seria apresentada ao Presidente da República os nomes escolhidos por António Costa para integrarem o próximo Executivo.
"Sucedeu aquilo que tinha dito a meio da tarde. É conhecido na comunicação social o elenco de ministros, uma vez que se tratava só de ministros nesta fase, e logo a seguir foi solicitado ao gabinete do primeiro-ministro a confirmação dos nomes. Veio a confirmação dos nomes menos de um, que foi retificado". Por isso, justifica Marcelo Rebelo de Sousa, "na cerimónia em que estivemos juntos ficou claro que não fazia sentido haver audiência". Até porque, continua Marcelo Rebelo de Sousa "o primeiro-ministro tinha a reunião com o grupo parlamentar do PS e seguia para Bruxelas e eu tinha uma reunião ao fim da tarde".
À entrada para um colóquio sobre crises estudantis na Aula Magna da Universidade de Lisboa, a propósito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, o chefe de Estado diz que a tomada de posse do governo deverá acontecer na próxima 4ª feira, como previsto sendo que a lista dos secretários de Estado deverá ficar concluída até à próxima terça-feira.
Até lá, no início na próxima semana, o Presidente da República terá de nomear transitoriamente o primeiro-ministro como ministro dos Negócios Estrangeiros porque o ministro Augusto Santos Silva "tem de ficar liberto para, enquanto deputado, poder estar presente na tomada de posse do Parlamento e poder, eventualmente, ser eleito Presidente da Assembleia da República", explicou Marcelo rebelo de Sousa. "É para garantir que não há interrupção da politica externa. É muito vulgar isso acontecer", acrescentou.