Notícia
Marcelo garante que Governo aplicou lei sem pensar se era "desfavorável" a Isabel dos Santos
O Presidente da República garante que a intervenção do Governo no caso BPI era "a única maneira" de resolver o problema e que foi decidida em nome do interesse público, sem ter em conta Isabel dos Santos.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta quarta-feira que a intervenção do Governo e do Presidente da República no BPI "era a única maneira de resolver o problema". O comentário surgiu em resposta às muitas perguntas dos jornalistas sobre o papel do primeiro-ministro no caso.
"É evidente que neste banco ou noutros bancos, em teoria, não é normal que o Presidente da República acompanhe e intervenha, e que o Governo interviesse. Mas era a única maneira de resolver o problema", disse, referindo-se ao decreto que desbloqueou os estatutos do BPI e que permitiu a venda da participação de Isabel dos Santos, resultando na sua saída do banco.
Falando daquilo que apelidou como "uma dor de cabeça especifica chamada BPI", Marcelo sublinhou que "só havia um caminho", que era "desfavorável à senhora engenheira Isabel dos Santos".
"Ponderei, ponderei, ponderei e promulguei o diploma um mês e uns dias depois de ter tomado posse. Tive noção que ia ser uma das decisões mais complicadas do meu mandato, mas tinha de ser. O Banco de Portugal não tinha solução, o BCE não tinha solução, era preciso ser o Governo a assumir a responsabilidade e o Presidente a assinar", sublinhou.
A reação da filha do então Presidente angolano foi "muito negativa" e "não deixou de ser negativa todo o tempo a partir daí e complicou as relações entre os Estados - passaram a pessimas".
Marcelo Rebelo de Sousa explicou foi ainda tentado um acordo para Isabel dos Santos sair do BPI e assumir uma posição de gestão no BIC, mas dado que o BCE não lhe reconhece idoneidade, a empresária "rompeu o acordo e partiu para Angola".
Perante a insistência dos jornalistas para que respondesse às acusações do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa de que o primeiro-ministro foi pressionado para não retirar Isabel dos Santos do BIC, o Presidente apenas disse que, na sua opinião, "em nenhum momento, da parte de todos os que intervieram, do lado oficial, algum dos intervenientes jamais pensou numa solução que fosse deixar de aplicar a lei que lhe era desfavorável [a Isabel dos Santos]".
Instando a falar diretamente de António Costa, Marcelo foi peremtório: "Não digo mais nada".
"É evidente que neste banco ou noutros bancos, em teoria, não é normal que o Presidente da República acompanhe e intervenha, e que o Governo interviesse. Mas era a única maneira de resolver o problema", disse, referindo-se ao decreto que desbloqueou os estatutos do BPI e que permitiu a venda da participação de Isabel dos Santos, resultando na sua saída do banco.
"Ponderei, ponderei, ponderei e promulguei o diploma um mês e uns dias depois de ter tomado posse. Tive noção que ia ser uma das decisões mais complicadas do meu mandato, mas tinha de ser. O Banco de Portugal não tinha solução, o BCE não tinha solução, era preciso ser o Governo a assumir a responsabilidade e o Presidente a assinar", sublinhou.
A reação da filha do então Presidente angolano foi "muito negativa" e "não deixou de ser negativa todo o tempo a partir daí e complicou as relações entre os Estados - passaram a pessimas".
Marcelo Rebelo de Sousa explicou foi ainda tentado um acordo para Isabel dos Santos sair do BPI e assumir uma posição de gestão no BIC, mas dado que o BCE não lhe reconhece idoneidade, a empresária "rompeu o acordo e partiu para Angola".
Perante a insistência dos jornalistas para que respondesse às acusações do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa de que o primeiro-ministro foi pressionado para não retirar Isabel dos Santos do BIC, o Presidente apenas disse que, na sua opinião, "em nenhum momento, da parte de todos os que intervieram, do lado oficial, algum dos intervenientes jamais pensou numa solução que fosse deixar de aplicar a lei que lhe era desfavorável [a Isabel dos Santos]".
Instando a falar diretamente de António Costa, Marcelo foi peremtório: "Não digo mais nada".