Notícia
Marcas de luxo ostentam saldos
Não, as ditas marcas de luxo não são imunes às flutuações económicas. As montras da Avenida da Liberdade e da zona do Aviz, no Porto, são testemunhas. Lá estão, em maior ou menor tamanho, os números estampados. Reduções entre 30% e 70%. Algumas marcas mantêm as vitrinas virgens de promoções e saldos. Recusam-se. E têm ordens para não falar. O tema é sensível.
Não, as ditas marcas de luxo não são imunes às flutuações económicas. As montras da Avenida da Liberdade e da zona do Aviz, no Porto, são testemunhas. Lá estão, em maior ou menor tamanho, os números estampados. Reduções entre 30% e 70%. Algumas marcas mantêm as vitrinas virgens de promoções e saldos. Recusam-se. E têm ordens para não falar. O tema é sensível.
Mas Ronald Brodheim, presidente do Grupo Brodheim, que representa em Portugal insígnias como a Furla, Burberry e Tod's, fala ao Negócios e assevera: "Infelizmente não existe nenhuma imunidade. Embora mais resistentes do que as marcas que dependem apenas da classe média, as marcas 'premium' e de luxo absoluto também se ressentiram".
"Portugal parecia um país imune. Há seis anos que a economia não cresce e, mesmo neste marasmo, as vendas das nossas marcas continuavam a subir. Até finais de Outubro do ano passado, permanecíamos resistentes. Contudo, os meses de Novembro e Dezembro mostraram maior fragilidade", diz Brodheim.
Muitos clientes aspiracionais, aqueles esporádicos que de quando em vez cedem aos impulsos e abrem as suas bolsas médias, selaram as carteiras. Mesmo as bolsas médias altas parecem estar mais racionais e questionam-se: "Será que preciso mesmo disto?". A conclusão é fácil.
"A crise despertou uma espécie de consciência social. As pessoas sentem-se culpadas por comprarem artigos caros. Sentem que estão a transgredir e retêm o impulso", descreve, ao Negócios, um distribuidor nacional de uma marca "premium".
Claro. Existem sempre aqueles clientes que entram nos seus espaços exclusivos e rejeitam os saldos. Querem, de imediato, as novas colecções, comenta uma assistente da loja Ermenegildo Zegna, marca que está com descontos de 50%.
Outros clientes "premium" gastam 20 mil euros num sábado à tarde, confidencia Claudia Mouta, assistente da Armani Casa, uma loja de Lisboa em liquidação total. Vai encerrar. Ficará a Armani Ligne Roset. Insígnias da família Giorgio Armani, que acaba de lançar uma colecção esverdeada da Emporio chamada, precisamente, "Anti-crise".
Mas Ronald Brodheim, presidente do Grupo Brodheim, que representa em Portugal insígnias como a Furla, Burberry e Tod's, fala ao Negócios e assevera: "Infelizmente não existe nenhuma imunidade. Embora mais resistentes do que as marcas que dependem apenas da classe média, as marcas 'premium' e de luxo absoluto também se ressentiram".
Muitos clientes aspiracionais, aqueles esporádicos que de quando em vez cedem aos impulsos e abrem as suas bolsas médias, selaram as carteiras. Mesmo as bolsas médias altas parecem estar mais racionais e questionam-se: "Será que preciso mesmo disto?". A conclusão é fácil.
"A crise despertou uma espécie de consciência social. As pessoas sentem-se culpadas por comprarem artigos caros. Sentem que estão a transgredir e retêm o impulso", descreve, ao Negócios, um distribuidor nacional de uma marca "premium".
Claro. Existem sempre aqueles clientes que entram nos seus espaços exclusivos e rejeitam os saldos. Querem, de imediato, as novas colecções, comenta uma assistente da loja Ermenegildo Zegna, marca que está com descontos de 50%.
Outros clientes "premium" gastam 20 mil euros num sábado à tarde, confidencia Claudia Mouta, assistente da Armani Casa, uma loja de Lisboa em liquidação total. Vai encerrar. Ficará a Armani Ligne Roset. Insígnias da família Giorgio Armani, que acaba de lançar uma colecção esverdeada da Emporio chamada, precisamente, "Anti-crise".