Notícia
Mais de metade dos portugueses não pode ausentar-se do trabalho para cuidar dos filhos
O INE realizou um inquérito sobre a conciliação da vida profissional com a vida familiar e concluiu que 58,5% dos inquiridos dizem ser "raramente possível ou mesmo impossível" ausentarem-se do trabalho durante dias completos devido a responsabilidades parentais. Para a grande maioria (84,3%) das pessoas com emprego que cuidam de filhos com menos de 15 anos de idade, a responsabilidade parental não interfere com a respectiva actividade profissional.
Conciliar a vida profissional com a vida familiar, em especial para quem tem filhos, não é tarefa fácil e o mais recente inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a conciliação destas duas vertentes confirma essa ideia.
O inquérito levado a cabo junto de pessoas com emprego e idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos mostra que 58,5% dos entrevistados trabalhadores por conta de outrem disseram ser "raramente possível ou mesmo impossível poder ausentar-se do trabalho durante dias completos" para cuidarem dos filhos. Ainda assim, mais de metade dos inquiridos (55,9%) referiu que "geralmente" é possível alterar os respectivos horários devido a responsabilidades parentais.
Se 24,5% dos inquiridos disseram já ter interrompido a sua actividade profissional para poder cuidar de filhos com menos de 15 anos, 70,6% chegaram a ficar afastados do trabalho durante períodos de até seis meses, sendo que destes 84,1% são mulheres, 30,4% que interromperam a respectiva actividade profissional fizeram-no sem recorrer à licença parental inicial ou alargada.
Por outro lado, 84,3% das pessoas com emprego com responsabilidades regulares no cuido de filhos com menos de 15 anos garantem que estas atribuições familiares "não têm efeito na sua actividade profissional corrente". Mas enquanto 76,6% referem "não ter obstáculos à conciliação da vida profissional com a vida familiar", 22,4% apontam a "imprevisibilidade do horário" como principal factor de constrangimento à conciliação das duas dimensões.
O horário atípico (6,8%), o horário de trabalho longo (5,1%) e o trabalho exigente ou extenuante (3,3%) foram outros factores identificados.
Praticamente metade (49%) dos entrevistados que habitualmente cuidam de filhos com menos de 15 anos revelou não recorrer a serviços de acolhimento de crianças, sobretudo porque essa responsabilidade é assegurada pela próprio ou em conjunto com o cônjugue (38,7%).
O inquérito levado a cabo junto de pessoas com emprego e idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos mostra que 58,5% dos entrevistados trabalhadores por conta de outrem disseram ser "raramente possível ou mesmo impossível poder ausentar-se do trabalho durante dias completos" para cuidarem dos filhos. Ainda assim, mais de metade dos inquiridos (55,9%) referiu que "geralmente" é possível alterar os respectivos horários devido a responsabilidades parentais.
Por outro lado, 84,3% das pessoas com emprego com responsabilidades regulares no cuido de filhos com menos de 15 anos garantem que estas atribuições familiares "não têm efeito na sua actividade profissional corrente". Mas enquanto 76,6% referem "não ter obstáculos à conciliação da vida profissional com a vida familiar", 22,4% apontam a "imprevisibilidade do horário" como principal factor de constrangimento à conciliação das duas dimensões.
O horário atípico (6,8%), o horário de trabalho longo (5,1%) e o trabalho exigente ou extenuante (3,3%) foram outros factores identificados.
Praticamente metade (49%) dos entrevistados que habitualmente cuidam de filhos com menos de 15 anos revelou não recorrer a serviços de acolhimento de crianças, sobretudo porque essa responsabilidade é assegurada pela próprio ou em conjunto com o cônjugue (38,7%).