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Maioria considera que há racismo em Portugal

A maioria dos inquiridos no barómetro de julho da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã / CMTV considera que há racismo em Portugal. Alguns dizem mesmo conhecer vítimas de racismo.

Manifestação antirracista e antifascista "Somos Todos Antifascistas, Somos Todos Antirracistas", em Lisboa, 6 de junho de 2020 Lusa
26 de Julho de 2020 às 11:00
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Ainda há racismo em Portugal – esta é a opinião da esmagadora maioria dos inquiridos no barómetro de julho da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã / CMTV. O inquérito dá nota de 68,1% de respostas positivas à pergunta sobre se há racismo em Portugal, contra 29,4% que consideram que não. Apenas 2,6% dos participantes não têm opinião sobre o assunto.

O estudo da Intercampus indica ainda que 18% dos inquiridos dizem ter sido vítimas de racismo ou ter amigos ou familiares que sofreram de racismo.

Esta conclusão vai ao encontro dos resultados da última edição do European Social Survey, um grande inquérito europeu cujos dados mais recentes dizem respeito ao período de 2018/2019, e foram divulgados no final de junho pelo jornal Público. Neste estudo, 62% dos inquiridos manifestam alguma forma de racismo e apenas 11% da população em Portugal discorda de todas as formas de racismo.

O tema tem continuado na ordem do dia depois de o presidente do PSD, Rui Rio, ter dito que "não há racismo na sociedade portuguesa" e que se fosse governante não teria autorizado as manifestações contra o racismo, organizada em várias cidades portuguesas, na sequência da morte de George Floyd, um afro-americano que morreu em Minneapolis (EUA), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção.

FICHA TÉCNICA

Objetivo Sondagem realizada pela INTER-CAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra A amostra é constituída por n=620 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Género (291 homens e 329 mulheres), Idade (132 entre os 18 e os 34 anos; 232 entre os 35 e os 54 anos; 256 com mais de 55 anos) e Região (234 no Norte, 146 no Centro; 165 em Lisboa, 47 no Alentejo e 28 no Algarve). Seleção da amostra A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da informação . A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experi-mentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram envolvidos 31 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 08 a 13 de Julho. Margem de erro O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,9%. Taxa de resposta A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 63%.

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