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Lucros líquidos do sector segurador caem 96,2% em 2001

Os lucros líquidos do sector segurador em Portugal alcançaram, em 2001, os 54,9 milhões de euros, o que representa uma quebra de 96,2% face ao ano anterior, disse António Reis, presidente da APS.

18 de Junho de 2002 às 19:22
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Os lucros líquidos do sector segurador em Portugal alcançaram, em 2001, os 54,9 milhões de euros, o que representa uma quebra de 96,2% face ao ano anterior, disse António Reis, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

No entanto, este resultado foi positivo «apenas porque beneficiou de uma autorização para diferimento das potenciais menos valias» não provisionadas na ordem dos 170 milhões de euros, explicou António Reis.

Para António Reis, «o ano de 2001 foi péssimo. Pela primeira vez as mais valias não superaram as menos valias em Bolsa», facto que agravou os prejuízos técnicos das seguradoras nacionais.

O activo líquido do sector segurador em Portugal registava em 2001 os 28,5 mil milhões de euros, mais 7,5% do que no ano anterior. O activo evoluiu «a um ritmo lento (...) reflectindo a evolução negativa da cotação (...) em particular de títulos de rendimento variável», adiantou a associação.

Na actividade do ramo não vida, os prémios líquidos cresceram 8% para os 3,027 mil milhões de euros, enquanto no ramo vida, os prémios aumentaram 18,4% face a 2000.

Produção seguradora sobe 22,3% em Maio

No que respeita aos indicadores até Maio de 2002, a produção seguradora cresceu 22,3% totalizando os 3,57 mil milhões de euros, em resultado da influência positiva da actividade do ramo Vida, referiu um responsável da APS à margem da conferência de imprensa realizada para apresentação das contas do sector.

O crescimento da actividade deste ramo segurador reflecte o posicionamento agressivo no mercado com a entrada de novos operadores. Excluindo o ramo Vida, produção seguradora em Maio deste ano teria subido 11,6% face ao período homólogo do ano anterior.

Segundo António Reis, ainda que os seguros no ramo automóvel tenham subido 8,5% em Maio de 2002, esta variação «é praticamente nula, se tivermos em conta a subida da inflação acima de 4% e o crescimento do parque automóvel entre 1 a 5%».

Produção do Ramo Vida cresce acima da inflação em 2002

Em declarações à margem da conferência de imprensa, António Reis afirmou que prevê que a produção no ramo vida cresça, no final de 2002, acima da inflação na ordem dos 10%.

A produção do ramo vida vai atingir crescimentos «próximos de há dois anos atrás, acima da inflação».

O presidente da APS estima «no segundo semestre o comportamento da Bolsa se inverta», estando previsto o relançamento do sector no próximo ano.

«Batemos no fundo», frisou o mesmo responsável, destacando a eventual necessidade das seguradoras em aumentar prémios para fazer face aos prejuízos alcançados.

A crise vivida em 2001 após o 11 de Setembro nos Estados Unidos, permitirá as seguradoras «repensarem a sua estratégia», que poderá passar pelo aumento dos prémios cobrados.

Sem querer confirmar essa necessidade, António Reis revelou que «se as seguradoras não têm rendimentos, têm que aumentar os prémios. Mas isso é uma realidade que cada uma delas é que sabe», sublinhou.

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