Notícia
Lisboa sai das 100 cidades mais caras para expatriados
A capital portuguesa baixou do 95.º para o 106.º lugar numa lista em que Hong Kong mantém a liderança. Luanda, por seu turno, passou de 26.ª para 115.ª cidade com maior custo de vida para expatriados, revela o estudo da Mercer.
1.º Hong Kong
2.º Asgabate
3.º Tóquio
4.º Zurique
5.º Singapura
6.º Nova Iorque
7.º Xangai
8.º Berna
9.º Genebra
10.º Pequim
106.º Lisboa
Lisboa saiu do Top 100 das cidades mais caras para os expatriados, de acordo com um estudo da consultora Mercer que analisa o custo de vida em 209 cidades de todo o mundo.
“Esta descida não significa que Lisboa se tornou mais barata, mas sim que outras cidades viram o custo de vida aumentar mais e ultrapassaram a capital portuguesa”, refere ao Negócios Tiago Borges, “rewards leader” da Mercer Portugal.
E, adianta, o principal fator para a saída da cidade “alfacinha” do Top 100 terá sido “o custo da habitação”. Mais uma vez, ressalva, os preços não deixaram de aumentar, mas a um ritmo mais baixo do que o verificado noutras cidades.
Acresce que o índice compara os custos de vida em dólares, pelo que os efeitos cambiais influenciam a classificação das cidades. “O euro perdeu algum terreno face a outras divisas desde a elaboração do ranking de 2019, penalizando as cidades da Zona Euro”, diz.
O responsável refere também que este ano foi “atípico”, referindo que os dados são recolhidos pela Mercer em finais de fevereiro e início de março. “Este ano, devido ao impacto da pandemia, recolhemos alguns dados em abril para verificar se a covid-19 alterava muito a classificação. E verificámos que não, as posições relativas sofriam poucas alterações”, detalha.
A dimensão global da pandemia levou a que os efeitos nos preços quer da habitação quer de vários produtos ou serviços evoluíssem de forma “muito semelhante” um pouco por todo o mundo, reforça Tiago Borges.
Cidades asiáticas dominam
A cidade com maior custo de vida para expatriados é Hong Kong, que repete a liderança registada em 2019.
Segue-se a capital do Turquemenistão, Asgabate, que sobe cinco posições face ao ano anterior. Tóquio fecha o pódio.
Entre as 10 cidades mais caras figuram mais três metrópoles asiáticas: Singapura, Xangai e Pequim. Já a Suíça coloca três cidades entre as 10 mais dispendiosas: Zurique, na quarta posição, Berna (8.ª) e Genebra (9.ª).
Nova Iorque sobe da nona à sexta posição e completa o Top 10.
Desvalorização do kwanza afunda Luanda
Luanda protagoniza a maior queda do “ranking”, baixando da 26.ª para a 115.ª posição. A capital angolana chegou a liderar a lista em 2017.
Tiago Borges assinala que o maior contributo para esta descida de Luanda foi a forte desvalorização da moeda angolana, que tornou a cidade bastante mais acessível para os expatriados.
O responsável destaca que a descida no “ranking” pode ser benéfica para as cidades. Em termos de turismo tornam-se mais atraentes sendo um destino mais acessível e também para captar delegações de multinacionais.
Rewards leader da Mercer Portugal