Notícia
Líbia: Comunidade internacional tem "10 horas" para actuar
A comunidade internacional tem "10 horas" para actuar em apoio à revolução líbia contra Muammar Khadafi, incluindo com ataques aéreos, afirmou hoje o diplomata líbio Ibrahim Dabbashi, que acusou o regime de preparar um "genocídio".
16 de Março de 2011 às 01:12
Após participar na reunião do Conselho de Segurança em que se discute uma resolução sobre a Líbia, o representante permanente adjunto líbio na ONU, que aderiu à revolução anti-Khadafi no início do conflito, Dabbashi adiantou à imprensa esperar uma tomada de posição "o mais rápido possível, autorizando ataques aéreos contra as forças de Khadafi".
Os ataques, referiu, devem dirigir-se em particular às forças que têm "intenção clara" de destruir aldeias na zona ocidental do país, e a cidade de Ajdabyia, no leste, para onde o regime está a deslocar um contingente militar significativo.
"Está a gerar-se um consenso internacional, (...) talvez em breve tenhamos uma resolução aceite por todos", disse Dabbashi. Sobre a forma de autorização dos ataques contra forças de Khadafi, o diplomata disse esperar a inclusão na resolução em debate de uma disposição que o permita.
Citando "informações" de que o movimento anti-Khadafi dispõe, Dabbashi disse que estão a ser preparadas pelo regime duas grandes ofensivas. Uma delas envolve mercenários que lutaram na guerra civil no Congo, Uganda, Burundi Ruanda, Níger e Chade que, sob comando de um general líbio, estão a mover-se "em mais de 400 veículos" para Ajdabyia, onde é esperada a sua chegada "em breve". Esta cidade, às portas do bastião rebelde de Bengazi, "está cercada" depois de as forças do regime não a terem conseguido tomar nos combates dos últimos dias, disse.
"Têm instruções claras para destruir tudo e não poupar ninguém ou quaisquer edifícios. Pensamos que nas próximas horas vamos ver um verdadeiro genocídio em Ajdabyia se a comunidade internacional não se mover rapidamente e o prevenir de atacar com uma grande força", adiantou.
No lado ocidental, estão a ser movimentados homens, tanques e artilharia pesada contra aldeias nas montanhas, que têm como missão uma "limpeza étnica" de tribos berberes que se rebelaram contra Khadafi.
"A comunidade internacional tem de agir muito rapidamente e destruir as suas forças antes de eles chegarem à montanha e começarem a matar pessoas de acordo com a sua raça", salientou.
Apesar de sublinhar a necessidade de apoio internacional, "para limitar o número das vítimas", Dabbashi afirma que, mesmo em desvantagem, os rebeldes têm capacidade de se defender, frisando que"nas próximas semanas [Khadafi] estará fora da Líbia ou morto".
Bengazi "não vai cair, seja de que maneira for", e as informações de que a tomada estava iminente são "propaganda e guerra psicológica", afirmou. "Penso que não têm qualquer hipótese de se mover para Bengazi ou mais para leste. Podem destruir cidades com mísseis de longa distância, mas certamente não podem ocupar quaisquer cidades no Leste", disse.
Os ataques, referiu, devem dirigir-se em particular às forças que têm "intenção clara" de destruir aldeias na zona ocidental do país, e a cidade de Ajdabyia, no leste, para onde o regime está a deslocar um contingente militar significativo.
Citando "informações" de que o movimento anti-Khadafi dispõe, Dabbashi disse que estão a ser preparadas pelo regime duas grandes ofensivas. Uma delas envolve mercenários que lutaram na guerra civil no Congo, Uganda, Burundi Ruanda, Níger e Chade que, sob comando de um general líbio, estão a mover-se "em mais de 400 veículos" para Ajdabyia, onde é esperada a sua chegada "em breve". Esta cidade, às portas do bastião rebelde de Bengazi, "está cercada" depois de as forças do regime não a terem conseguido tomar nos combates dos últimos dias, disse.
"Têm instruções claras para destruir tudo e não poupar ninguém ou quaisquer edifícios. Pensamos que nas próximas horas vamos ver um verdadeiro genocídio em Ajdabyia se a comunidade internacional não se mover rapidamente e o prevenir de atacar com uma grande força", adiantou.
No lado ocidental, estão a ser movimentados homens, tanques e artilharia pesada contra aldeias nas montanhas, que têm como missão uma "limpeza étnica" de tribos berberes que se rebelaram contra Khadafi.
"A comunidade internacional tem de agir muito rapidamente e destruir as suas forças antes de eles chegarem à montanha e começarem a matar pessoas de acordo com a sua raça", salientou.
Apesar de sublinhar a necessidade de apoio internacional, "para limitar o número das vítimas", Dabbashi afirma que, mesmo em desvantagem, os rebeldes têm capacidade de se defender, frisando que"nas próximas semanas [Khadafi] estará fora da Líbia ou morto".
Bengazi "não vai cair, seja de que maneira for", e as informações de que a tomada estava iminente são "propaganda e guerra psicológica", afirmou. "Penso que não têm qualquer hipótese de se mover para Bengazi ou mais para leste. Podem destruir cidades com mísseis de longa distância, mas certamente não podem ocupar quaisquer cidades no Leste", disse.