A Câmara de Leiria não conseguiu vender o estádio de futebol e vai ter de continuar a pagar uma dívida de 12 mil euros diários. No mesmo distrito, na Nazaré, foram vendidos 11 veados por 3.000 euros.

No processo de hasta pública em que se pretendia a alienação do estádio Dr. Magalhães Pessoa, não foram apresentadas propostas, como indica um comunicado do município presente na página de Internet.

A crise que o país atravessa, a dificuldade em obter crédito bancário e a providência cautelar avançada por elementos da oposição PSD são as justificações encontradas pela edilidade PS/CDS-PP para não haver interessados em adquirir três quartos da área onde se encontra o estádio remodelado e ampliado para os jogos do Euro 2004.

A Câmara informa que, nesse sentido, a infra-estrutura continua a pesar no orçamento camarário, já que a solução para reduzir o serviço da dívida “fica adiada”. O município esclarece que, no final de Setembro, o encargo com a dívida para a Câmara Municipal de Leiria e para a Leirisport, detida pelo município, era de 12.632,44 euros por dia.

Apesar do desfecho negativo do leilão de hoje – que esteve marcado inicialmente para Setembro –, a edilidade acredita que “as manifestações de interesse se mantêm” e, assim, “equaciona marcar uma nova hasta pública em data a anunciar oportunamente”.

Nazaré vende 11 veados por 3.050 euros

Ali bem perto, no mesmo distrito, teve lugar outra hasta pública. Foi a segunda vez que a Câmara da Nazaré tentou vender 11 veados. Se na primeira vez que foi ao mercado não teve procura, no leilão de hoje, o município conseguiu aliená-los por 3.050 euros.

Os 11 veados do cercado do Pinhal de Nossa Senhora da Nazaré, vendidos por já não haver estrutura que garantisse as melhores condições de vida aos animais, estavam divididos em três lotes. O primeiro era constituído por um macho e duas fêmeas e o segundo tinha, igualmente, um macho e duas fêmeas. O terceiro tinha cinco veados machos.

De acordo com a página de Internet do município, os primeiros dois lotes foram comprados por 2 mil euros por uma quinta de Ourém. O objectivo dessa compra é a criação de um “ponto de atracção turística” na propriedade do empresário que os comprou, segundo informou esse empresário à Câmara Municipal.

O terceiro conjunto foi vendido por 1.050 euros a uma unidade hoteleira de Portel, informa a edilidade, que adianta que houve três concorrentes a esta hasta pública.