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Leão reitera que aumentos na Função Pública se mantêm em 0,9%
O ministro das Finanças reiterou que não vai alterar o valor base para as atualizações salariais negociadas com a Função Pública, reiterando que a subida da taxa de inflação deverá ser de natureza temporária.
O ministro das Finanças, João Leão, voltou hoje a garantir que as atualizações salariais na Função Pública não vão além dos 0,9% negociados, argumentando que a subida da inflação é temporária e "Portugal mantém-se este ano como um dos países com inflação mais baixa e está em linha com as previsões do governo".
O aumento da inflação é "considerado algo como de natureza temporária que a partir do próximo ano vai começar a reduzir-se", adiantou João Leão, à margem da conferência anual da ASF, que decorreu esta quarta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Leão adiantou que ficou decidido que os aumentos seriam em linha com a inflação em vigor da aprovação do OE, ou seja, 0,9%, para 705 euros.
Quanto a medidas para mitigar o impacto deste aumento nas empresas, o governante adiantou que "estaremos abertos a ver com as empresas mecanismos de ajudar a fazer essa transição", referindo que, no passado, aumentos do salário mínimo não resultaram num aumento do desemprego.
"O emprego agora está no máximo de 12 anos e foi feito um contexto em que aumentámos o salário mínimo e portanto neste ano nós voltamos a aumentar o salário mínimo para aumentar para 705 euros com este aumento de 65 euros concretiza um aumento de cerca de 40% face ao valor verificado em 2015 entre um aumento muito significativo e positivo para o rendimento dos trabalhadores", concluiu.