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Lagarde: Saídas de capitais dos emergentes “são causa de preocupação”

A directora-geral do FMI mostrou-se preocupada com o abrandamento das economias emergentes e alertou para a “especial responsabilidade” dos EUA na normalização da política monetária.

Bloomberg
Negócios 04 de Fevereiro de 2016 às 15:35
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O abrandamento económico e a saída de capitais dos países emergentes é uma fonte de preocupação para o FMI. A directora-geral do Fundo, Christine Lagarde, referiu, citada pela Bloomberg, que "no curto prazo, o abrandamento do crescimento, a escala das saídas de capital assim como as descidas dos mercados accionistas são causa de preocupação".

A directora-geral do FMI realçou a desvalorização acentuada das matérias-primas e assume que os preços deverão continuar baixos. "Os preços do petróleo e dos metais caiu cerca de dois terços desde os picos mais recentes e irão provavelmente permanecer baixos durante algum tempo", antecipa Lagarde.

A descida dos preços das matérias-primas é um dos factores a colocar pressão sobre algumas economias emergentes dependentes dessas receitas. Outro dos focos de preocupação é a sensibilidade dessas economias à valorização do dólar.

Neste ponto, Lagarde defende que os EUA têm "especial responsabilidade à medida que normalizam a política monetária. E realçou a importância da Reserva Federal dos EUA "continuar a fazê-lo de uma forma prudente e bem comunicada".

Até porque, constata Lagarde, a subida do dólar coloca "consideráveis constrangimentos às empresas de mercados emergentes que têm um elevado nível de endividamento em dólares, em especial no sector da energia".

A receita do FMI para os países emergentes é a de um aumento da eficiência nas receitas não relacionadas com as matérias-primas e expandam a utilização de ferramentas macroprudencias. Lagarde recomenda que exista uma monitorização da dívida em moeda estrangeira das maiores empresas.

Já para as economias desenvolvidas, Lagarde considera que as que disponham de margem orçamental devem seguir uma política que estimule o crescimento como o financiamento público para a renovação de infraestruturas, por exemplo. 

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