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Lagarde ameaça retirar apoio do FMI à Ucrânia

Se não houver mais reformas e passos mais duros contra a corrupção, fecha-se a torneira do dinheiro entre Washington e Kiev, avisa o FMI. A tranche mais recente está para ser libertada desde Outubro.

Bloomberg
10 de Fevereiro de 2016 às 13:10
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A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou esta quarta-feira 10 de Fevereiro que o envolvimento do fundo no programa de resgate à Ucrânia pode ser suspenso a menos que o país acelere o seu programa de reformas e combata a corrupção.

As declarações de Lagarde – que lidera o envolvimento de 17,5 mil milhões de dólares (15,5 mil milhões de euros) do FMI num plano global que ascende a 35,5 mil milhões de euros – seguem-se à demissão, na semana passada, do ministro da Economia Aivaras Abromavicius, que acusou um conselheiro do Presidente Petro Poroshenko de travar reformas anti-corrupção.

"Sem um novo esforço muito substancial para revigorar as reformas governamentais e combater a corrupção, é difícil ver como é que um programa apoiado pelo FMI pode continuar e ser bem sucedido", disse Lagarde citada pela Reuters.

Desde Outubro que o país espera que a instituição sedeada em Washington transfira uma tranche (a terceira) no valor de 1,5 mil milhões de euros, cujo pagamento tem sido adiado por insatisfação com o adiamento de reformas num país a braços com um crescimento negativo anual da economia que era superior a 7% no terceiro trimestre de 2015.

"Estou preocupada sobre o progresso lento da Ucrânia na melhoria da governação e no combate à corrupção e em reduzir a influência de interesses ocultos na sua condução de políticas. (…) A Ucrânia arrisca regressar a políticas económicas falhadas que prejudicaram a sua história recente. É vital que a liderança ucraniana ponha o país de novo no promissor caminho das reformas", acrescentou a directora-geral do fundo.

O FMI aprovou em Março do ano passado a ajuda financeira à Ucrânia. Na altura, Lagarde considerava tratar-se de "um programa ambicioso, é um programa difícil e não é livre de riscos. Mas é também um programa realista e se for efectivamente implementado pode representar um ponto de viragem para a Ucrânia".

Além do FMI, a União Europeia e os EUA também estão envolvidos financeiramente no resgate ao país.

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