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Joe Biden concede perdão presidencial aos crimes do filho

O filho do presidente norte-americano iria a julgamento dia 16 de dezembro por crimes relacionados com fuga fiscal e armas de fogo. Poderia apanhar até 17 anos de prisão.

02 de Dezembro de 2024 às 09:22
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O presidente norte-americano concedeu um perdão aos crimes do filho Hunter, relacionados com evasão fiscal e armas de fogo. Numa declaração emitida este domingo, Joe Biden, a pouco mais de um mês de abandonar a Casa Branca, justificou a posição com o facto de considerar que Hunter foi injustamente acusado e apenas condenado por ser seu filho.

Hunter Biden, com um largo historial de abuso de drogas, considerou-se culpado em setembro por não ter pago 1,4 milhões de dólares em impostos e de ter gasto esse dinheiro em drogas, prostituição e artigos de luxo. A sentença estava marcada para 16 de dezembro. Caso fosse condenado, poderia ter que passar 17 anos na prisão e pagar até 450 mil dólares em multas.

Na altura, Hunter admitiu que ter-se considerado culpado de forma a não prejudicar a campanha presidencial dos Democratas e para não afetar mais a sua família, que já tinha sofrido bastante com o seu percurso ligado à toxicodependência. O vício do filho de Biden era, por diversas vezes, arma de arremesso dos republicanos, incluindo do presidente-eleito Donald Trump.

Apesar de a Casa Branca ter reiterado várias vezes que Joe Biden não iria interferir no processo do filho, o presidente norte-americano acabou por voltar atrás. "É óbvio que Hunter foi tratado de forma diferente. As acusações surgiram apenas depois de vários dos meus oponentes políticos no Congresso terem sido instigados a atacar-me a oporem-se à minha eleição", afirmou Biden. "Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram quebrar-me, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já chega."

Os republicanos criticaram a atitude do presidente."O perdão dado por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, que agora estão presos há anos? Que abuso e erro judiciário!",  escreveu Trump na sua rede social Truth Social, referindo-se aos condenados por invadir o Capitólio a 6 de janeiro de 2021.

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