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Jardim diz que Portugal vive "autêntica anedota histórica" e "regime político bateu no fundo"

O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que Portugal vive uma "autêntica anedota histórica" e o "regime político bateu no fundo", porque não adopta as medidas necessárias para evitar as greves em sectores importantes para a economia do país.

05 de Julho de 2012 às 14:35
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"O regime político português bateu no fundo. Não serve. Estamos aqui numa autêntica anedota histórica, que é tentar que um regime que trouxe o país a uma administração estrangeira seja o próprio regime capaz de superar as dificuldades. Nunca na história isto se viu", disse Jardim aos jornalistas à margem da cerimónia de deposição de flores no busto de Simon Bolivar, no âmbito das celebrações do 201º aniversário da Independência da Venezuela, no jardim municipal do Funchal.

Criticando a falta de medidas para evitar os problemas provocados pelas sucessivas greves no sector dos transportes para as economias da Madeira e nacional, o líder madeirense opinou que "um regime que traz o seu país sob administração estrangeira em toda a parte do mundo teve de ser substituído por outro regime político, mas o que sucede é que o regime governa pelos jornais, só faz aquilo que os jornais gostam".

"Se, eventualmente, uma notícia é desagradável já não fazem, têm medo das notícias desagradáveis", acrescentou.

Para Jardim, uma vez que o país "vive uma situação de emergência nacional, também, principalmente em toda a área de transportes e telecomunicações, que é a que mais afecta o país, têm que ser tomadas medidas drásticas de emergência, excepcionais para se evitar estas greves".

"Está-se a pedir sacrifícios ao povo português, por razões que têm a ver com a indisciplina do capitalismo internacional e com o consentimento e subordinação aos poderes ocultos que os estados soberanos tiveram, e numa situação destas não se pode estar a estragar o esforço que o povo faz todos os dias, com mais impostos para virem de repente uns senhores, que ainda por cima são privilegiados nos seus salários, e estragarem todo este esforço que se está a fazer", disse.

O governante sustenta ainda que "o Governo não pode estar a apertar todas as classes trabalhadores, a começar pelos funcionários públicos e a ceder, a dar mais proventos a pessoas que já são as que têm mais proventos".

Considera que "os sindicatos não têm nada que ser responsabilizados porque isto é um problema legislativo", frisando que "têm que haver leis que decretem um estado de emergência em certas áreas da vida do país para se evitar convulsões destas".

Realça que, em matéria de greve dos transportes, "foi preciso o Governo da Madeira esbracejar, fazer barulho e protestar por todos os lados, escrever cartas ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia dando a perceber que não só a Madeira estava a perder por dia, mas o próprio país, para se chegar a alguma conclusão.

Mas mesmo assim ainda foi previsto um tribunal arbitral dizer não houve medidas firmes que neste momento têm de ser tomadas".



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