Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Itália procura vender dívida à China

A Itália está a tentar obter investimento chinês para contornar a crise da dívida. Esta foi também uma das soluções de Portugal antes de pedir ajuda.

12 de Setembro de 2011 às 20:57
  • 5
  • ...
O Governo italiano pretende que os investidores chineses comprem quantidades “significativas” de obrigações de Itália, numa altura em que o país continua a caminhar para o centro da crise da dívida.

O Executivo de Sílvio Berlusconi pretende ainda que os chineses façam investimentos em empresas italianas consideradas estratégicas.

A notícia é avançada pelo “Financial Times”, que indica que o “chairman” da China Investment Corporation esteve em Roma na semana passada, onde falou com o ministro das Finanças de Itália, Guilio Tremonti (na foto).

Por sua vez, de acordo com a mesma fonte, as autoridades italianas estiveram em conversações com a gestora responsável pelas reservas da China em moeda estrangeira.

Da mesma forma, o director do Tesouro de Itália terá estado em Pequim no mês passado, onde procurou investidores chineses.

Neste momento, os investidores estão a penalizar as obrigações de Itália no mercado da dívida. Hoje, o Tesouro do país foi ao mercado primário – onde vende dívida directamente aos investidores – e a taxa de juro implícita exigida disparou em relação à última emissão comparável (2,959% em Agosto face aos 4,153% de hoje).

No mercado de dívida secundário – em que os investidores trocam dívida entre si –, a rendibilidade pedida pelos privados também esteve em alta. As “yields” subiram acima de 30 pontos base nos prazos mais curtos. De acordo com as taxas genéricas da Bloomberg, os juros implícitos mais baixos são de 4,5% na maturidade a dois anos. Uma taxa que há duas semanas estava em 3,4%.

Cenário repete-se

No final do ano passado, antes de Portugal pedir o resgate financeiro, Teixeira dos Santos esteve em Pequim e indicou que a China apoiava e iria continuar a apoiar Portugal.

Segundo o anterior ministro português das Finanças, foi dado um “grande salto em frente no reforço” das relações sino-portuguesas. A especulação na época é que Portugal estaria a tentar obter financiamento através da compra de obrigações.

Em Dezembro, Teixeira dos Santos viajou acompanhado pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças da altura, Carlos Costa Pina, e pelo presidente do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, Alberto Soares.

Ver comentários
Saber mais Itália China Portugal obrigações juros yields
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio