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IPC cresce 0,2% em Dezembro e 4,4% em 2001

O IPC cresceu 0,2% em Dezembro, abaixo das previsões dos analistas contactados pelo Negocios.pt, com a inflação média para o conjunto de 2001 a ir de encontro ao esperado, ao cifrar-se nos 4,4%, anunciou o INE.

15 de Janeiro de 2002 às 11:00
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O índice de preços no consumidor (IPC) cresceu 0,2% em Dezembro, abaixo das previsões dos analistas contactados pelo Negocios.pt, com a inflação média para o conjunto de 2001 a ir de encontro ao esperado, ao cifrar-se nos 4,4%, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A inflação homóloga atingiu os 3,7% em Dezembro, um valor que compara com os 3,8% previstos pelos analistas. No que respeita à variação mensal dos preços, as estimativas dos analistas apontavam para um incremento de 0,3%.

O aumento mensal dos preços em Dezembro foi causado «essencialmente pelo aumento dos preços das classes de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e vestuário e calçado», que ocorre tradicionalmente por altura do Natal, segundo o INE.

A inflação média de 4,4% apurada para 2001 foi superior em 1,5 pontos percentuais à observada no ano anterior, correspondendo «ao culminar da aceleração da taxa de variação média que se iniciou na segunda metade de 2000», referiu a mesma fonte.

O IPC harmonizado, que permite comparar a evolução do índice face aos restantes países da Zona Euro, apresentou também um crescimento médio anual de 4,4% em 2001.

As maiores variações homólogas dos preços em Dezembro deram-se nas classes de educação, com um incremento de 6%, bens e serviços diversos e transportes, com acréscimos de 5,2% e 4,5%, respectivamente.

Em Novembro, a inflação homóloga havia-se situado nos 3,9%, enquanto a média anual ascendeu aos 4,4%, o mesmo valor apurado para o conjunto do último ano.

Alimentação lidera aumentos dos preços em 2001

Em termos de aumentos médios, a maior subida verificada em 2001 foi observada na classe de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, aquela que tem maior peso no índice, que apresentou um aumento de 6,5%.

Seguiram-se as classes de bens e serviços diversos, com um crescimento médio dos preços de 5,5%, da educação e transportes, com incrementos médios de 5,2% e 4,8%, respectivamente.

O subgrupo dos produtos hortícolas, batatas e outros tubérculos, que se insere na classe alimentação e bebidas não alcoólicas, apresentou um crescimento de 18,4%, enquanto os preços do gás avançaram 14,8% e os dos transportes aéreos de passageiros subiram 12,3%.

O comportamento apresentado neste último subsegmento esteve relacionado com os atentados de 11 de Setembro contra os Estados Unidos, que provocaram o encarecimento das passagens aéreas a nível internacional.

Inflação nacional deve abrandar em 2002

O INE referiu que para 2002 espera uma inversão da tendência ascendente apresentada pela inflação este ano, uma previsão que é reforçada «pelo comportamento da taxa de variação homóloga, cuja tendência de redução tem sido uma constante desde Junho de 2001».

Desde aquele mês, a taxa de inflação homóloga tem vindo a registar valores inferiores aos apurados para a inflação média anual.

As previsões dos analistas contactados pelo Negocios.pt apontam para um abrandamento da inflação média até aos 3% no corrente ano. As estimativas do Governo apontam para um incremento médio dos preços no consumidor entre os 2,5% e os 3%.

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