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Investimento das empresas vai acelerar 8,3% em 2006

O investimento empresarial em Portugal vai aumentar 8,3% este ano, segundo inquérito qualitativo de conjuntura realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, que aponta para uma queda de 4,3% no investimento no ano passado. A confirmarem-se as expectat

31 de Janeiro de 2006 às 15:00
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O investimento empresarial em Portugal vai aumentar 8,3% este ano, segundo inquérito qualitativo de conjuntura realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, que aponta para uma queda de 4,3% no investimento no ano passado. A confirmarem-se as expectativas, o crescimento do investimento deste ano será o mais elevado desde 1991.

A descida de 4,3% na Formação Bruta de Capital Fixo empresarial verificada em 2005 contrariou as expectativas avançadas pelos anteriores inquéritos do INE, tendo o investimento do ano passo sido revisto em forte baixa.

O inquérito realizado em Abril de 2005 apontava para uma subida de 7,8% no investimento no ano passado, enquanto o de Outubro de 2004 indicava um aumento de 6,2%.


A primeira estimativa para o investimento a realizar este ano aponta para um crescimento de 8,3%, o que a confirmar-se, será o mais elevado desde 1991, ou seja, de 15 anos.

O INE afirma que «entre os dois últimos inquéritos realizados em 2005, a difusão do investimento (percentagem de empresas que referem investimentos ou intenção de investir) aumentou».

Relativamente a 2005, registou-se uma estimativa de 57,5% em Abril transacto, que compara com 70,2% no actual inquérito e a primeira estimativa para o investimento de 2006 apresenta uma difusão de 51,9%.

Segundo a mesma fonte, a variação negativa do investimento em 2005 agora apurada ficou a dever-se a seis dos nove sectores de actividade económica inquiridos. As maiores quebras ocorreram na Construção (-22,1%), na Indústria Transformadora (-13,6%), no Alojamento e Restauração (-13,4%) e no Comércio (-11,7%).

Comparando os resultados dos dois últimos inquéritos, verifica-se que o principal sector responsável pelo agravamento do investimento global foi o de Transportes, Armazenagem e Comunicações, que passou de 30,6%, no inquérito anterior, para 2,2%, no presente.

Electricidade, gás e água com maiores aumentos de investimento

Relativamente ao investimento para 2006, as perspectivas de crescimento devem-se aos sectores Electricidade, Água e Gás (50,2%), Alojamento e Restauração (21,9%), Transportes, Armazenagem e Comunicações (16,6%) e Comércio (8,2%). Com fortes quebras no investimento encontram-se a Construção (-26,8%), a Indústria Extractiva (-26,3%), as Actividades Financeiras (-12,1%) e a Indústria Transformadora (-11,5%).

«Para investir, as empresas continuam a recorrer principalmente ao auto-financiamento, satisfazendo por esta via 60,8% das suas necessidades de financiamento em 2005 e 59,2% em 2006», refere o INE. Esta fonte de financiamento assume particular relevância nos sectores das Actividades Financeiras, da Indústria Transformadora e do Comércio, situando-se acima dos 95% no primeiro sector.

Os factores limitativos do investimento mais referenciados como principais para 2005 e 2006 continuam a ser a deterioração das perspectivas de venda (59,8% em 2005 e 58,5% em 2006) e, em menor escala, a rentabilidade dos investimentos (19,5% em 2005 e 20,0% em 2006).

As expectativas de criação de emprego resultante do investimento realizado apresentaram, tanto em 2005 como em 2006, saldos de respostas extremas positivos

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