Os investidores Blackrock, Loomis Sayles e Franklin Templeton Investments consideram que os Estados Unidos enfrentam uma hipótese elevada de perder a sua classificação máxima da dívida, de AAA, uma vez que democratas e republicanos ainda não decidiram aumentar o tecto da dívida de 14,3 biliões de dólares.

Os investidores estão a alertar para a possibilidade de um corte, dado que o Presidente Barack Obama e o representante dos republicanos, John Boehner, discordam sobre as medidas a adoptar para a subida do tecto da dívida, de acordo com a Bloomberg.

O governo norte-americano necessita de tomar medidas até dia 2 de Agosto, data que vencem uma parte das suas obrigações, de acordo com o Departamento do Tesouro.

As agências de notação financeira Moody’s Investors Service, a Standard & Poor’s e a Fitch já disseram também que poderão cortar o “rating” da dívida dos Estados Unidos, se os políticos falharem a negociação de um acordo.

Os “ratings” poderão ser cortados porque os políticos não irão provavelmente acordar um plano para travar os gastos, disse Kathleen Gaffney, co-gestora do fundo de obrigações de 21 mil milhões de dólares da Loomis Sayles.

Também para Andew Laperriere, director da International Strategy & Investment, com sede em Washington, já é de partir do pressuposto que os Estados Unidos irão sofrer uma redução do seu “rating” “AAA”.

Existem “fortes incentivos políticos e regulativos” para que a Administração Obama e o Congresso cheguem a acordo para elevar o tecto de dívida. Por isso mesmo, Andrew Laperriere acredita que “isso ainda é possível, mas um acordo que altere a trajectória” de crescimento do rácio de dívida federal face ao Produto Interno Bruto, parece agora improvável”, explica o responsável da firma.