A inflação homóloga nacional atingiu o valor mais elevado dos últimos 15 meses ao situar-se nos 2,9% em Junho, ultrapassando as expectativas dos economistas, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A nível mensal, o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,6%, sendo mais acentuada do que a mensal de 0,4%, verificada em Junho do ano passado.

Inflação harmonizada

O índice harmonizado de preços no consumidor, que mede a inflação em termos comparativos com os outros países da União Europeia, subiu 2,8% face a Junho de 1999, a mais elevada desde Março de 1999, e cresceu 0,5% contrra Maio deste ano. Em termos médios anuais a inflação harmonizada subiu 1,9%.

Abaixo das estimativas

Os analistas contactados pelo Canal de Negócios previam uma inflação homóloga de 2,7%, e de 0,35% face ao mês de Maio. Em termos médios anuais, o IPC estava previsto situar-se nos 2,1%, o que se veio a verificar.

O valor homólogo foi o mais alto desde Março do ano passado, altura em que o IPC tinha subido 3%.

As classes que mais influenciaram a subida da inflação foram os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas, que cresceram de 0,7% em Maio para 1,8% em Junho. A classe de habitação, água, electicidade e gás aumentou de 3,2% em Maio para 3,9% em Junho enquanto os hóteis, cafés e restaurantes cresceram de 3,7% em Maio para 4,2% em Junho.

As classes com variações homólogas mais representativas, no sentido positivo foram os transportes (5,4%), a educação (5%), hóteis restaurantes e cafés (4,2%), enquanto os preços das comunicações caiu 5%.

O valor da inflação média sitou-se nos 2,1%, acima da meta de 2% do Governo para o final do ano.