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Inflação acelera em Espanha e França em abril

A inflação subiu em Espanha para 4,1%, apesar de ter havido uma moderação no aumento dos preços dos alimentos, em termos de variação mensal. Já em França foi a energia a colocar maior pressão nos preços que se fixaram em 5,9%.

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12 de Maio de 2023 às 10:51
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Os preços em Espanha subiram 4,1% em abril, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, que confirmou, assim, um aumento em oito décimas da inflação, que tinha sido 3,3% em março.

Este aumento da taxa da inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) em Espanha deve-se, principalmente, à subida dos carburantes que, em abril de 2022 tinham descido, e à eletricidade, que desceu menos do que no ano passado, revelou esta sexta-feira o INE.

A inflação subiu em abril, apesar de ter havido uma moderação no aumento dos preços dos alimentos, comparando com o mesmo mês do ano passado.

Segundo os dados conhecidos esta sexta-feira, os preços dos alimentos e das bebidas não alcoólicas aumentaram 12,9% em abril, cerca de 3,5 pontos menos do que em março, devido à descida dos legumes e hortaliças e ao aumento mais moderado do que em 2022 da carne, pão e cereais, azeite e outras gorduras, leite, queijo e ovos.

A inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) foi de 6,6% em abril, menos nove décimas do que em março.

Espanha fechou o ano passado com a taxa de inflação mais baixa da União Europeia (5,7%), depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados e de em julho ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).

Isto apesar do aumento recorde dos preços dos alimentos e de uma inflação subjacente não era tão elevada em Espanha desde a década de 1980, segundo o INE espanhol.

Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor em janeiro um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA (imposto sobre o consumo) de alguns alimentos e produtos considerados básicos.

Ao longo de 2022, Espanha aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca e 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais, como a redução do IVA da eletricidade e do gás para 5% ou um desconto de 20 cêntimos por litro na compra de combustíveis.

Inflação em França nos 5,9% em abril pressionada pelos preços da energia

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em França registou uma subida homóloga de 5,9% em abril, devido ao aumento do preço da energia, apesar do abrandamento do crescimento dos preços dos alimentos, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas.

Este indicador, que confirma a primeira estimativa avançada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INSEE), representa um aumento da taxa de inflação em duas décimas de ponto percentual (p.p.) face ao mês anterior, uma vez que em março o IPC tinha tido um crescimento de 5,7%.

Na origem desta aceleração está a energia, que aumentou 6,8%, contra 4,9% em março, com a subida, sobretudo, dos preços da gasolina, enquanto os preços do gás abrandaram o seu crescimento para 22,9%, contra 35,6% no mês anterior.

Os preços dos serviços, por sua vez, aumentaram 3,2% em termos homólogos, quando em março tinham registado uma subida de 2,9%.

A inflação subjacente, que não inclui a energia e os produtos alimentares, foi de 6,3% em abril, ou seja, uma décima de ponto percentual acima da registada no mês anterior.

Quanto ao IPCH (índice de preços no consumidor harmonizado), que permite a comparação à escala europeia, foi de 6,9% em abril, mais duas décimas de ponto percentual face ao mês precedente.
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