Notícia
Subida de preços em Espanha abranda para 3,2% em maio. Inflação subjacente é quase o dobro
Taxa de inflação homóloga em Espanha baixou em maio e a subjacente também, embora fosso entre ambas se mantenha elevado. Analistas cautelosos para já quanto a possíveis leituras do BCE.
Os preços em Espanha voltaram a abrandar em maio, subindo 3,2% face ao mês homólogo quando medidos pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC). A taxa de inflação subjacente, considerada mais crítica por demonstrar quão enraizada está a subida de preços na economia, maném-se quase no dobro, embora também tenha recuado este mês, para 6,1%.
Segundo a estimativa rápida do instituto de estatística espanhol, o IPC em maio desceu para 3,2% em termos homólogos, o que significa que a subida de preços em Espanha voltou a abrandar, depois de terem crescido 4,1% em abril. Nesse mês, os preços tinham interrompido, pontualmente, a tendência de abrandamento homólogo que se verificava quase ininterruptamente desde agosto de 2022.
"Esta evolução deve-se, principalmente, à descida dos preços dos combustíveis", que depois de ter subido em maio para níveis recorde, estão agora a corrigir, descreve o instituto espanhol. A subida dos preço dos alimentos e das bebidas não alcoólicas também abrandou em maio deste ano face ao mesmo mês de 2022, também contribuindo, "embora em menor grau", para a redução da variação do IPC.
Retirando, precisamente, estes bens energéticos e alimentares, considerados mais voláteis, a inflação subjacente também desceu, para 6,1%. Isto significa que a diferença entre a inflação geral e a considerada mais crítica está praticamente no dobro. A inflação geral está a descer mais rapidamente (0,9 pontos) do que a subjacente (0,4 pontos), o que traz sinais menos otimistas sobre quão enraizada está a subida de preços na economia.
Boas notícias para o BCE?
"Embora a queda da taxa de inflação em maio possa ser encorajadora para o BCE, ela reflete fatores específicos do país que não podem ser replicados noutros Estados-membros por vários meses", descreve Andrew Kenningham, analista da Capital Economics.
Segundo a estimativa rápida do instituto de estatística espanhol, o IPC em maio desceu para 3,2% em termos homólogos, o que significa que a subida de preços em Espanha voltou a abrandar, depois de terem crescido 4,1% em abril. Nesse mês, os preços tinham interrompido, pontualmente, a tendência de abrandamento homólogo que se verificava quase ininterruptamente desde agosto de 2022.
Retirando, precisamente, estes bens energéticos e alimentares, considerados mais voláteis, a inflação subjacente também desceu, para 6,1%. Isto significa que a diferença entre a inflação geral e a considerada mais crítica está praticamente no dobro. A inflação geral está a descer mais rapidamente (0,9 pontos) do que a subjacente (0,4 pontos), o que traz sinais menos otimistas sobre quão enraizada está a subida de preços na economia.
Boas notícias para o BCE?
"Embora a queda da taxa de inflação em maio possa ser encorajadora para o BCE, ela reflete fatores específicos do país que não podem ser replicados noutros Estados-membros por vários meses", descreve Andrew Kenningham, analista da Capital Economics.
"A queda acentuada da inflação em Espanha este ano espelha a imagem da subida acentuada do ano passado, sendo que ambas se deveram à passagem acelerada da subida dos preços dos bens energéticos à generalidade dos produtos", acrescenta o analista, esperando que o IPC atinja 2% nos próximos meses.
A Zona Euro como um todo "pode eventualmente seguir um caminho semelhante" no futuro próximo. No entanto os dados - sobretudo pela inflação subjacente ainda elevada - ainda são escassos para antecipar a próxima decisão de política monetária do BCE, considera Andrew Kenningham.
A Zona Euro como um todo "pode eventualmente seguir um caminho semelhante" no futuro próximo. No entanto os dados - sobretudo pela inflação subjacente ainda elevada - ainda são escassos para antecipar a próxima decisão de política monetária do BCE, considera Andrew Kenningham.