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INE revê em alta perspetivas de aumento das exportações das empresas este ano

Empresas perspetivam aumentar em 15,6% as exportações de bens este ano face a 2021.

Portugal exportou para a Rússia 56,6 milhões de euros em bens. É o valor mais baixo desde 2006.
Mariline Alves
30 de Setembro de 2022 às 13:00
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As empresas perspetivam aumentar em 15,6% as exportações de bens este ano face a 2021, segundo um inquérito divulgado esta sexta-feira pelo INE, que revê em alta de 9,1 pontos percentuais a primeira previsão efetuada em novembro passado.

De acordo com os resultados do Inquérito sobre Perspetivas de Exportação de Bens (IPEB) efetuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), "as empresas esperam aumentos de 14,5% nas exportações para os países extra-UE [união Europeia] e 16,1% para os mercados intra-UE".

"Face à primeira previsão efetuada em novembro de 2021, esta estimativa corresponde a uma revisão em alta de 9,1 pontos percentuais da variação esperada das exportações em 2022 (+10,1 pontos percentuais nas exportações Intra-UE e +6,8 pontos percentuais nas exportações extra-UE"), refere.

Como principais motivos para a revisão em alta da sua previsão, as empresas indicaram a melhoria no comportamento esperado na generalidade dos mercados de destino já clientes (41,3%) e em mercados específicos (12,7%).

As alterações de preços foram outro dos fatores apontados pelas empresas para esta revisão em alta (11,8%).

Por Grandes Categorias Económicas (CGCE), destacam-se as perspetivas de aumento das exportações de 'fornecimentos industriais não especificados noutra categoria' (+17,4%; +19,4% para países intra-UE e +12,8% para o mercado extra-UE), e de 'máquinas e outros bens de capital' (+16,4%), tanto para países extra-UE como intra-UE (+13,4% e +17,4%, respetivamente)".

O INE recorda que, "na primeira previsão para 2022, as empresas perspetivavam já um aumento de 5,0% nas exportações de 'fornecimentos industriais não especificados noutra categoria', que se acentua de forma significativa nesta segunda previsão e que corresponde à maior revisão (+12,4 pontos percentuais, resultado da revisão no comércio intra-UE de +14,7 pontos percentuais e no comércio extra-UE de +7,0 pontos percentuais) entre as CGCE.

Já os 'produtos alimentares e bebidas' apresentam a segunda revisão mais significativa, +8,3 pontos percentuais, resultado da revisão para os países intra-UE (+10,9 pontos percentuais) e para os países extra-UE (+3,8 pontos percentuais).

Segundo o instituto estatístico, esta revisão das previsões de evolução das exportações em 2022 "é consistente com a informação do comércio internacional de bens (para os primeiros meses do ano), que aponta, aliás, para uma variação nominal ainda mais acentuada (+25,1%), decorrente de um aumento de quantidade mas também, em grande medida, do forte crescimento de preços que se terá intensificado ao longo de 2021 e ampliado nos primeiros meses de 2022, mas sinalizam uma segunda parte do ano menos dinâmica".

"Estas perspetivas mais conservadoras das empresas quanto às suas exportações de bens para o resto do ano de 2022 podem refletir uma atitude cautelosa sobre os desenvolvimentos do enquadramento internacional que poderão determinar, nomeadamente, uma contração súbita da procura", explica.
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