O indicador a confiança das famílias portuguesas voltou a registar uma evolução positiva no mês de Fevereiro, invertendo a tedência dos últimos cinco meses, segundo os dados revelados pelo hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Contudo, uma análise mais pormenorizada, revela sinais mistos. Por um lado, a melhoria obtida este mês resulta das opiniões mais optimistas sobre a situação económica familiar (presente e futura), sobre a oportunidade de compra de bens de consumo duradouro no momento presente e também sobre a propensão a poupar, visível pelo decréscimo do nível de endividamento, já no mês de Fevereiro. No entanto, piorou a avaliação das famílias da situação económica do país na actualidade e nos próximos doze meses.

Assim, o inquérito realizado pelo INE, e que engloba cinco àreas distintas para o indicador de confiança, demonstra que em matéria de preços, os consumidores tinham em Fevereiro uma apreciação mais negativa da sua evolução neste ano, do que no ano anterior, embora não considerassem que nos próximos doze meses a situação se degradasse. No que concerne ao emprego, os consumidores prevêem que a situação se possa agravar.

Quanto à intenção de compra de bens duradouros, as famílias tinham referido, já em Dezembro, que mantinham o nível de intenção de compra de automóvel para os próximos dois anos. Contudo, para o mesmo período, diminuiu a intenção de comprar casa ou de realizar obras.