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Importações crescem mais de 50% em agosto, exportações sobem 32,6%
Em agosto, as importações cresceram a um ritmo superior (51,9%) ao das exportações (32,6%). Face ao mesmo período do ano passado, o INE salienta o aumento das importações de combustíveis e lubrificantes que triplicou no mês passado.
As exportações e importações de bens registaram variações de 32,6% e 51,9%, respetivamente, em agosto de 2022 face aos valores verificados no ano passado. É o que revelam os dados do comércio internacional divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As importações crescem, assim, a um ritmo significativamente superior às exportações.
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações e importações aumentaram 27,3% e 33,3%, em termos homólogos.
Os preços subiram e registaram variações homólogas de 18,4% nas exportações e 28,6% nas importações. "Excluindo os produtos petrolíferos, as variações foram +13,1% e +12,5%, respetivamente", avança o instituto.
O défice da balança comercial de bens agravou-se em 1,784 milhões de euros relativamente a agosto de 2021, totalizando no mês passado os 3.501 milhões de euros. Sem a componente de combustíveis e lubrificantes, o défice atingiu os 1.919 milhões, registando um incremento de 661 milhões face a agosto do ano passado.
Relativamente ao trimestre terminado em agosto, as exportações e importações registaram um crescimento de 32,5% e 40,9%, face ao mesmo período de 2021.
Em jeito de balanço, o INE explica que nos "primeiros seis meses de conflito entre a Rússia e a Ucrânia (período março-agosto de 2022), período em que se registou uma aceleração das importações totais de Portugal (37,2%) e também, em menor grau, das exportações (27,5%) em resultado principalmente das variações crescentes dos preços".
É ainda denotado que as transações de Portugal com a Rússia e a Ucrânia "têm registado diminuições progressivas que em termos acumulados no período de referência se traduziram em variações de -14,4% e -3,6%, respetivamente nas importações, e -59,1% e -42,0%, pela mesma ordem nas exportações".