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IL diz que quem não quer reformar o SNS está a ajudar na sua "implosão"

João Cotrim Figueiredo reafirmou querer abrir a prestação de cuidados de saúde à concorrência, mantendo o papel financiador do Estado.

15 de Janeiro de 2022 às 15:24
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O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou este sábado que quem não quer reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) está a contribuir para a sua "implosão", defendendo a abertura da prestação de cuidados de saúde aos privados.

"Achamos que quem não quer reformar o Serviço Nacional de Saúde [SNS] é quem está a contribuir para a sua implosão e, no fundo, a não prestar cuidados de saúde suficientes aos portugueses", afirmou João Cotrim Figueiredo, no final de uma visita ao Centro Universitário Hospitalar de Coimbra.

Dedicando a manhã à área da saúde, o liberal, acompanhado pelo cabeça de lista pelo distrito de Coimbra, Orlando Monteiro da Silva, visitou e reuniu com a administração do centro hospitalar para se inteirar dos seus problemas e a forma como está a lidar com a pandemia de covid-19.

No final da visita, fechada aos jornalistas, João Cotrim Figueiredo reafirmou querer abrir a prestação de cuidados de saúde à concorrência, mantendo o papel financiador do Estado. O objetivo, acrescentou, é permitir às pessoas escolherem o prestador de saúde que mais lhes interessa.

"Nós queremos que vão àqueles que, efetivamente, desejam ir pela qualidade de serviço, pela conveniência, pelo que seja", frisou.

E, isso, faz com que os prestadores melhorem os seus serviços para concorrerem pela preferência das pessoas, apontou o liberal.

"Paga-se da mesma maneira que hoje se paga, o SNS tem um custo, as pessoas não vão ficar mais doentes por mudarem de regime, portanto, são as mesmas doenças só que mais bem tratadas, sem listas de espera e com um tipo de organização que favoreça a melhoria contínua", sublinhou.

Para Cotrim Figueiredo, as unidades hospitalares precisam de autonomia para se adaptarem às dificuldades e, essa, passa por "coisas tão simples" como a possibilidade de recrutar pessoal e remunerar de forma diferente e variável esse mesmo pessoal.

Além disso, o presidente da IL ressalvou que, havendo autonomia, as unidades de saúde teriam também a possibilidade de celebrar contratos-programa com objetivos concretos pelos quais os gestores hospitalares se responsabilizam.

Cotrim Figueiredo salientou que as parcerias público-privado (PPP) mostram que gastam menos dinheiro ao Estado e têm mais satisfação por parte dos utentes. "Portanto, digam-me porque é que se acabaram com as PPP", questionou.
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