O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai poder gastar 3,1 milhões de euros até 2014 no aluguer operacional de veículos, segundo uma portaria hoje publicada em "Diário da República", relativa aos custos permitidos para uma frota de 137 viaturas.

A portaria estipula para este ano uma despesa máxima de 130 mil euros (mais IVA), tecto que sobe para 781 mil euros por ano entre 2011 e 2013, fixando-se em 651 mil euros em 2014. O documento, assinado pelo ministro das Finanças e pelo secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, permite que o IEFP aproveite verbas não utilizadas num ano nos anos seguintes.

Recorde-se que a renovação da frota do IEFP gerou polémica nos últimos meses, depois de o CDS-PP ter acusado aquele instituto de estar a adquirir 400 novas viaturas, que iriam custar 1,5 milhões de euros, ao mesmo tempo que "existem atrasos no pagamento do subsídio de desemprego".

O presidente do IEFP, Francisco Madelino, esclareceu, em Abril, que o que estava em causa era a manutenção e não a compra de viaturas. "Não há viaturas novas no IEFP há mais de 10 anos", referia então o responsável do instituto.

"Para que os técnicos do emprego possam ir para o terreno e, justamente, apoiar as empresas e as pessoas que necessitam do apoio, precisam de renovar as suas frotas de carros. Há dez anos que a frota de carros não é renovada", justificou ainda a ministra do Trabalho, Helena André, após as acusações do CDS-PP.