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Hospitais vão marcar consultas consoante gravidade dos casos
Os hospitais vão organizar até ao final de 2007 as consultas em função da gravidade de cada caso e os doentes vão passar a sabe r o tempo que terão de esperar, avançou hoje o Diário de Notícias.
Os hospitais vão organizar até ao final de 2007 as consultas em função da gravidade de cada caso e os doentes vão passar a sabe r o tempo que terão de esperar, avançou hoje o Diário de Notícias.
De acordo com o jornal, o projecto integrado no Simplex (plano do governo para simplificar os serviços do Estado), vai ser testado até 31 de Dezembro e m pelo menos cinco hospitais e depois será alargado progressivamente a todo o Serviço Nacional de Saúde.
São João e Santo António, no Porto, Litoral Alentejano, Beja, Évora, Santarém, Faro e Barlavento Algarvio e o Pediátrico de Coimbra são os hospitais que se candidataram ao projecto.
Os doentes vão passar, com este novo sistema, a saber o tempo que terão de esperar para conseguir uma consulta ou uma cirurgia e o número de inscritos à sua frente.
O novo sistema obrigará os hospitais a terem um médico responsável pela triagem dos casos que chegam dos centros de saúde, dando prioridade aos mais urgentes, escreve o DN.
A secretária de Estado adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli, explicou ao DN que "actualmente, os centros de saúde têm acesso à agenda do médico e marcam as consultas de acordo com as quotas fixadas pelo hospital".
No novo modelo, os atendimentos serão feitos de acordo com a urgência d o tratamento.
"Os médicos do centro de saúde definem a prioridade e transmitem-na ao hospital, juntamente com alguma informação clínica do doente", disse ao responsável.
No entanto, escreve o DN, o novo modelo vai avançar sem que estejam definidos os tempos clinicamente aceitáveis para cada doença - o período máximo que uma pessoa com determinada patologia deve aguardar para ser tratada.
Carmen Pignatelli referiu ao jornal que "o ideal seria definir primeiro os tempos de espera clinicamente aceitáveis, mas prefiro avançar, mesmo que não na forma mais perfeita, do que não fazer nada".
A responsável garantiu contudo que a tutela já deu início a este processo, pedindo à Direcção-Geral de Saúde e à Ordem dos Médicos que avancem com esta definição.